Brumado: Obras de macrodrenagem voltam a ser atingidas pelas chuvas

Um trecho do muro de contenção da macrodrenagem voltou a ruir com as chuvas deste sábado (01) | Foto: Whatsapp 97NEWS)

A macrodrenagem dos riachos do Bufão e do Sapé é uma das obras estruturantes de grande importância para o desenvolvimento urbano de Brumado, só que, os indícios de falta de planejamento, uso indevido do material e até discordância com a base da engenharia estão criando um estigma pesado, que vem sendo substanciado por severas críticas da população. As obras que foram objeto de várias matérias há cerca de 1 mês, voltaram as manchetes neste sábado (01), o que gerou uma forte onda de irritabilidade nas redes sociais nesta manhã. Os brumadenses não pouparam a gestão municipal e nem o empreiteiro responsável pela obra, Jair Leite, o popular "Jair da Laranja", o qual, apesar de ter afirmado que assumiria os custos de sua incompetência, teve a sua argumentação vista como um “deboche”, pois ele teria garantido a qualidade dos serviços de recuperação, o que não vem se comprovando. 

A obra, que foi muito elogiada no início, é uma das mais importantes para o desenvolvimento urbano de Brumado (Foto: 97NEWS Conteúdo)

Um dos pontos conflitantes é que um dos materiais utilizados, que é o refugo da Magnesita, não possui a devida liga, ou seja, não tem poder de compactação, o que teria se explicitado com a força das águas, já que um trecho dos muros de contenção praticamente veio, ao melhor estilo “sonrisal”, se dissolver novamente. Ao que tudo indica houve falhas no cálculo e, não precisa ser engenheiro profissional para fazer essa elucubração, já que não se viu na realização da obra a utilização de brita, ferragens e concreto em larga escala e nem a construção de pilastras de sustentação para segurar a força das águas pluviais, que, em tempos de fortes precipitações pluviométricas são bem volumosas. Vale ressaltar que a queda do muro foi apenas em um trecho de cerca de 30 metros no máximo, mas isso faz com que a projeção de novas quedas de trechos ainda maiores possa ocorrer, já que a previsão para esse mês é de fortes chuvas para a região. Este é um grande desafio para a gestão do prefeito Eduardo Vasconcelos, que tem um histórico muito positivo de resolutividade em suas ações, mas que agora está com esse grande “abacaxi de concreto” para ser “descascado”. Em suas declarações ele também afirma que os custos dos estragos não serão arcados pelos cofres municipais, mas, uma grande parcela da população está tendo uma leitura contrária a essas afirmações. Agora se acredita que um plano emergencial deverá ser feito pela empresa para que a obra não volte novamente a se romper.