Impasse entre a RHI e trabalhadores continua

O presidente do Sindmine, Édio Pereira se reuniu com os trabalhadores nesta segunda-feira (12) na busca de uma solução para o impasse (Foto: Ascom | Sindmine)

Na última reunião realizada no dia 25 de outubro entre os representantes do Sindicato dos Mineradores e a empresa, a RHI Magnesita se manteve irredutível insistindo em enfiar “goela abaixo” dos trabalhadores apenas um reajuste de 3,97%, referente ao INPC do período. Mesmo assim, a diretoria do sindicato flexibilizou a proposta dos trabalhadores, apresentando uma nova proposta de reajuste com base no INPC; 2% de aumento real, ticket alimentação de R$ 330,00, abono salarial de R$ 600,00 e banco de horas zerado de 3 em 3 meses. De posse da proposta a empresa, que teve um crescimento de 24% a mais em seus resultados financeiros no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo semestre do ano passado, não se manifestou simplesmente dando o silencio como resposta. Diante do não posicionamento da empresa, o Sindmine solicitou a mediação da Superintendência do Trabalho tendo como objetivo formatar uma proposta que atenda os anseios dos trabalhadores. A mediação foi realizada ontem, dia 12, na sede da DRT em Vitória da Conquista. Para surpresa de todos, inclusive do gerente da Unidade que mediou a reunião, Dr Rames Chahine, a RHI não apresentou nada de novo. Apenas reiterou a sua inaceitável proposta de 3,97%, rejeitada por mais de 80% dos trabalhadores presentes à assembleia que deliberou sobre a referida proposta. Diante da postura inflexível da empresa, o mediador da reunião solicitou a diretoria do Sindicato que flexibilizasse ainda mais a proposta, o que de pronto foi aceita pelos diretores do Sindmine. Para surpresa de todos a empresa não se manifestou. Apenas solicitou um prazo de mais 15 dias para se posicionar sobre a nova proposta, demonstrando uma total falta de compromisso com seus trabalhadores. Na manhã desta terça-feira, 13, a direção do Sindicato esteve novamente nas portarias da empresa nas unidades  de Catiboaba e Pedra Preta, onde participaram mais de 300 trabalhadores, dos quais apensas 5 (cinco) funcionários preferiram adentrar a fábrica e não ouvir as informações do Sindicato. Segundo o presidente do Sindmine, Édio Pereira, mesmo contra a vontade dos trabalhadores, a entidade vai aguardar o prazo solicitado pela empresa para se posicionar sobre a nova proposta. O presidente finalizou dizendo que “se a empresa não acatar a nova proposta não restará outra opção aos trabalhadores a não ser iniciar os atrasos e paralisações relâmpagos, não estando descartada a deflagração de paralisação por tempo indeterminado”.