Brumado: Após prefeitura acionar Embasa no Ministério Público, promotoria vai apurar abastecimento de água na cidade

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

O Ministério Público do Estado da Bahia (MP/BA) informa que ajuizou na última sexta-feira (26), procedimento preparatório para "Inquérito Civil" contra a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) para apurar a falta de fornecimento de água no município de Brumado. De acordo com o órgão, o objetivo do inquérito, é que a empresa prove se o abastecimento de água na cidade estaria sendo suficiente, ou seja, se respeita os 40 litros/dia por habitante, conforme recomendado pela Organização Mundial de Saúde. Nos últimos meses, a Embasa tem deixado de fornecer água em algumas escolas do município, tanto na zona urbana, como na zona rural. Bairros da cidade chegaram a ficar sem água por até uma semana. Por meio de notas, a Embasa informou as manutenções e, boa parte delas aconteceram nas bombas da barragem de Cristalândia, mas a reclamação da população é que, estes problemas tem sido constantes nos últimos dias. As reclamações dos consumidores começaram a aparecer desde o mês de agosto, mas nos últimos meses, a situação se agravou e, algumas escolas chegaram a ficar sem água, como é o caso do Centro Assistência Integral à Criança (CAIC) no bairro Urbis 2. De acordo com a prefeitura, o CAIC possui uma cozinha industrial que fornece alimentação para as escolas de Tempo Integral do município e, com o abastecimento irregular, a cozinha poderia parar e, comprometer as aulas em várias escolas de Brumado. O promotor Millen Castro, responsável pelo caso, solicitou que a Gerente do Escritório Regional da Embasa deverá informar quais as medidas adotadas e previstas para evitar o desabastecimento de água na cidade, se a distribuição atual respeita o recomendado e se a rede de abastecimento existente é adequada à prestação do serviço ou necessita de reformas. As secretarias municipais de educação e saúde também deverão relatar as ocorrências de prejuízos à prestação do serviço nas escolas e nos postos de saúde em função da falta de água, que segundo as pastas, desde 2017 o problema vem acontecendo.