‘A Embasa é uma tragédia anunciada’, relata prefeito de Brumado se referindo ao aprofundamento da crise hídrica no município

O prefeito Eduardo Vasconcelos vem tendo uma queda de braços histórica com a Embasa (Foto: 97NEWS)

Uma ação que foi dada entrada no Ministério Público nesta quarta-feira (24) tendo como autor a Prefeitura Municipal de Brumado e como alvo a Embasa, vem comprovar que o aprofundamento da crise hídrica no município, que atinge não somente o meio rural, mas, agora, a zona urbana, prejudicando inclusive as escolas municipais, em especial as que funcionam em Tempo Integral que, ao que tudo indica, não deverão ter aula nos próximos dias, já que as sucessivas interrupções no abastecimento sinalizam nesse sentido. Com isso a queda de braços se intensificou, o que pode ter novos desdobramentos, ainda mais que existe a previsão de que na próxima gestão do governador Rui Costa, a Embasa poderá ser integralmente privatizada, o que é visto como um avanço, já que atualmente ela vem deixando a desejar em vários municípios do estado. 

O município entrou com uma ação no Ministério Público contra a empresa já que as escolas municipais vêm sendo prejudicadas (Foto: Luciano Santos | 97NEWS)

Segundo o prefeito Eduardo Vasconcelos que não vem poupando críticas severas à empresa, “a Embasa é uma tragédia anunciada e, agora, novamente dá mais um atestado de sua incompetência com as essas sucessivas interrupções no fornecimento”. Ele ainda fez questão de explicar que “essa ação não é contra o estado, que isso fique bem claro, mas é para buscar o retorno da normalidade dos serviços, já que os prejuízos ao aprendizado são cada vez maiores, tanto que em várias escolas, caso não volte a água ainda hoje, não haverá condições de se ter aula, fazendo com que milhares de alunos voltem para as suas casas”. A ação será analisada pelo Ministério Público que poderá encontrar uma saída para o impasse. Vale ressaltar que em seus comunicados sobre a suspensão dos serviços a Embasa comunica que o motivo é a realização de serviços de manutenção preventiva, mas, para o prefeito “isso é muito vago e não passaria de um subterfúgio para não atestar a sua incompetência”.