Digitar senha ao contrário durante sequestro-relâmpago aciona a polícia?

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O medo de se tornar uma vítima dos chamados sequestros-relâmpagos parece atingir moradores de cidades brasileiras de todos os portes. Essa modalidade de crime consiste em ser sequestrado temporariamente por criminosos que, em geral, levam suas vítimas a caixas eletrônicos para efetuarem saques em dinheiro. Em meio a esse receio, brasileiros estão usando redes sociais como o Facebook e o WhatsApp para compartilhar uma mensagem que indica um método para acionar a polícia sem que os bandidos possam identificar. A mensagem, popularizada em correntes de e-mail em 2011, voltou com força em grupos de WhatsApp e diz que basta digitar a sua senha numérica invertida no caixa eletrônico para que a polícia seja acionada. O truque parece engenhoso, mas não é verdade. Segundo o texto, atribuído a uma “juíza federal de mediação arbitral” da Anajus (Associação Nacional de Analistas Judiciários e do MPU) e à Polícia Federal, para acionar as autoridades sem que os bandidos percebam, bastaria a vítima digitar sua senha de forma invertida quando fosse realizar o saque. De acordo com a mensagem, se sua senha for 1-2-3-4-5-6, seria necessário digitar 6-5-4-3-2-1 para que o caixa eletrônico liberasse o valor solicitado e, secretamente, acionasse a polícia. 

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O que a mensagem compartilhada classifica como “mecanismo de emergência”, no entanto, simplesmente não funciona. A Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), diz que a mensagem sobre esse suposto truque não tem a menor procedência. “A Febraban esclarece que é improcedente e falsa a lenda urbana divulgada, segundo a qual a digitação invertida da senha do cliente no terminal de autoatendimento envia mensagem à polícia”, diz a entidade. A Polícia Federal, por sua vez, disse que não se posiciona a respeito de notícias que circulam em redes sociais.