Greve dos Caminhoneiros chega ao 7º dia sem solução e tem nova proposta

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A paralisação dos caminhoneiros entra neste domingo, 27, no sétimo dia. A categoria obstruiu rodovias no País, causando o desabastecimento de produtos e de combustível nas cidades.  Polícias estaduais, PF e tropas do Exército negociam a saída dos manifestantes das estradas e fazem escoltas para liberar a saída de caminhões-tanque de refinarias. Os ministros Raul Jungmann (Segurança Pública) e Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional) anunciaram, na noite de sábado, 26, que a situação "está se encaminhando para a normalidade". Foi confirmada a participação de patrões, empresários do transporte e distribuição, na greve. Já foram abertos 37 inquéritos, em 25 Estados, para investigar a prática de locaute. "E eles irão pagar por isso", garantiu Jungmann. Em São Paulo, o governador Márcio França anunciou um acordo para que os motoristas deixem de pagar pedágio por eixos suspensos em rodovias estaduais. A condição é que eles deixem as estradas e voltem ao trabalho. Os manifestantes começaram a deixar a Rodovia Régis Bittencourt e o Rodoanel Sul, embora muitos afirmem que não irão voltar ao trabalho e alguns permaneçam nos acostamentos. O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse na noite deste sábado (26) que vai levar para o presidente Michel Temer novas propostas para tentar encerrar o movimento dos caminhoneiros. Marun se reuniu no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, com o governador Márcio França (PSB) e lideranças do movimento dos caminhoneiros de São Paulo. Entre as propostas que serão levadas para Brasília, Marun destacou a garantia de que o desconto de 10% no valor do diesel vai chegar na bomba de forma efetiva, a possibilidade de que a manutenção do preço seja ampliada de 30 para 60 dias e o fim da suspensão da cobrança de tarifa de pedágio para eixo elevado dos caminhões para todo o país. Esse último ponto já foi acertado pelo governo de São Paulo com os caminhoneiros. "Essa é a tarefa que eu levo que Brasília. Nesse tempo, eles (líderes do movimento) vão perguntar, consultar as suas bases", afirmou Marun. O governador de São Paulo, lideranças do movimento dos caminhoneiros e um integrante do governo federal devem voltar a se reunir por volta das 15h deste domingo, no Palácio dos Bandeirantes, para chegar a uma posição final sobre essas três propostas.