Esbanjando vitalidade, brumadense de 92 anos diz que tem sede de novos desafios; 'quero ver o meu bairro crescer ainda mais'

O aposentado Antônio Eduardo dos Santos quer ver o desenvolvimento do Bairro Apertado do Morro (Foto: Luciano Santos | 97NEWS)

O aposentado Antônio Eduardo dos Santos, não tem problema algum em revelar a sua idade, só não gosta de ser chamada de senhor, prefere o pronome de tratamento "você". Aos 92 anos, ele viveu muitas histórias em Brumado e garante que ainda quer viver novas emoções. O brumadense, que é morador do bairro Apertado do Morro, disse que acompanhou o progresso da cidade e ajudou na criação do bairro em que mora. Nesta quinta-feira (10), ele falou com nossa equipe, e contou um pouco de sua história. Mesmo com as limitações impostas pela vida, ele procura por novos desafios. “Não gosto de ficar parado, estou sempre procurando algo para fazer”, revela. Eduardo é um exemplo de vitalidade, não quer apenas curtir a aposentadoria descansando. “Todos os dias acordo com muita vontade de viver. Faço as minhas atividades do dia a dia, e se for para trabalhar, eu trabalho”, ressalta com um sorriso de felicidade estampado em seu rosto. Sua história de vida está intrinsecamente ligada ao Apertado do Morro, “há décadas atrás era apenas vegetação. Quando me mudei para cá, isso aqui era apenas mato, caatinga como todos falam. Praticamente fundei este bairro, além da minha casa, vi outras casas se erguendo. Até trabalhei no esgotamento da rua principal". Mas como em todos os bairros, o crescimento, além do progresso, atrai também a violência. "É duro ver uma cidade igual Brumado, de pacata para uma cidade cada vez mais violenta. Aqui no meu bairro, vizinhos, amigos e até parentes já foram assaltados. As autoridades e o poder público têm de olhar mais para os bairros afastados do centro. Somos trabalhadores, somos cidadãos, temos direitos, assim como nos cobram os deveres", lamentou. Deixando de lado a tristeza e a violência, Antônio é muito querido no bairro, por sempre estar alegre e disposto e ele faz muito sucesso no bairro. Pai de treze filhos, cuidou de todos trabalhando de sol a sol, para manter o pão dentro de casa. "Hoje eu sou muito feliz, todos já estão adulto e se viram muito bem sozinhos. Mas que foi fácil, isso não foi não". Antônio é casado e diz que é muito bem resolvido. "Sempre estou rodeado de amigos e parentes e tudo isso me faz imensamente feliz”, finalizou sorridente, o aposentado, que aos 92 anos, esbanja vitalidade. Ele finalizou fazendo um apelo ao poder público citando que “eu peço que sejam feitas ações em prol do desenvolvimento desse bairro, pois esse ainda é um desafio para mim, mas creio que ainda verei esse sonho virar realidade”.