Brumadense que foi vítima de acidente provocado por animal na pista conta sua história de superação

Pedro Rodrigues de Oliveira Júnior, uma história de superação e de muita fé em Deus (Foto: Luciano Santos | 97NEWS)

A existência humana é cheia de dificuldades, mas, um dos grandes segredos é como superar esses momentos difíceis. Várias histórias de superação envolvendo brumadenses são muito emblemáticas e o 97NEWS vem registrar uma delas que tem como protagonista Pedro Rodrigues de Oliveira Júnior (58) que em 1982 foi vítima de um acidente na BA-262, próximo à Vitória da Conquista, o qual foi provocado por um animal solto na pista. Passados 36 anos do acidente, ele, mesmo tendo ficado paraplégico se diz um vencedor. “Eu lembro daquele dia que mudou a minha vida, onde estava indo com o meu Ford Del Rey à Vitória da Conquista para comprar material, eu peguei uma descida e coloquei o carro na banguela, porque estávamos vivendo uma forte crise de petróleo, quando, de forma inesperada, um cão atravessou a pista e eu, quando acionei os freios, que naquela época não eram ABSs, sai da pista, bati num barranco e fui jogado longe”. Ele, emocionado, continuou narrando a sua história citando que “eu na época era um jovem de 22 anos, que tinha o exemplo de trabalhador do meu pai e fui levado para o Hospital Espanhol em Salvador, onde fiquei 1 ano e 8 meses em coma” e continuou explicando que “mas como o quadro era grave eu consegui, graças a Deus, ser transferido para Brasília, para receber todos os cuidados médicos no Hospital Sarah Kubitschek, ficando lá por 1 ano e 8 meses, mas como a lesão na coluna foi bem grave, minha vida, a partir daquele momento, seria em cima de uma cadeira de rodas”. Pedro abordou também a questão da discriminação aos que possuem mobilidade reduzida comentando que “naquela época a discriminação era maior para os cadeirantes, mas eu superei a situação, pois sempre tive muita fé em Deus. Hoje a inclusão aos deficientes é muito maior, conquistamos avanços importantes advindos muito da evolução tecnológica”. E encerrou em tom de confiança pontuando que “não importa o que a vida nos traga, temos que ser fortes e superar, mas sempre tendo a confiança em Deus como base. O que eu deixo de ensinamento é que, mesmo vivendo 36 anos em uma cadeira de rodas, eu digo para todos que busquem o trabalho, o amor ao próximo e a alegria da vida, pois ficar se lamentando não vai resolver nada”.