Brasil aumenta diagnóstico e tratamento para o HIV

(Reprodução)

Também se observou redução da circulação do vírus no sangue dos tratados, indicando sucesso do tratamento ofertado no SUS. O aumento do diagnóstico entre as pessoas que vivem com HIV e a ampliação do número de pessoas em tratamento são os destaques do Relatório de Monitoramento Clínico do HIV lançado nesta quinta-feira (23) pelo Ministério da Saúde. O documento demonstra o avanço do país no alcance das metas 90-90-90, no período de 2012 a 2016. De acordo com o documento, estima-se que, em 2016, aproximadamente 830 mil pessoas viviam com HIV no país; dessas, 694 mil (84%) diagnosticadas; 655 mil (79%) vinculadas a algum serviço de saúde; e 563 mil (68%) retidas nos serviços. A proporção de pessoas vivendo com HIV diagnosticadas (1ª meta) aumentou em 18%, passando de 71%, em 2012, para 84%, em 2016. Ainda com relação aos resultados das metas no país, houve um aumento de 15% na proporção de PVHIV diagnosticadas que estavam em tratamento (de 62% em 2012 para 72% em 2016). Nos primeiros seis meses de 2017, o relatório aponta que quase 35 mil pessoas iniciaram terapia antirretroviral (TARV). Na terceira meta, das pessoas em tratamento antirretroviral há pelo menos seis meses, em 2016, 91% atingiram supressão viral (carga viral abaixo de 1.000 cópias/mL, indicando sucesso no tratamento). Essa proporção é 6% acima da observada em 2012 (85%) e aponta que o país ultrapassou a meta estabelecida. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, comentou os avanços apontados pelo relatório. Barros ressaltou a importância da manutenção das ações de prevenção e controle do HIV/aids no Brasil. “Os resultados observados no Relatório refletem os esforços de um conjunto de ações realizadas por diversos atores, em diferentes níveis de gestão, para a redução da transmissão do HIV e a melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e aids no país”, observou o ministro.