Indústria baiana vai produzir água de coco sem a utilização de conservantes

Instalada em uma área de 150 mil m2, sendo 35 mil m2 de área construída, a Frysk já deu partida na sua unidade de produção de biomantas e biorolos, que têm como matéria-prima  a fibra do coco seco. São utilizados, principalmente, por empresas de mineração e construção civil para a recomposição de encostas e áreas degradadas. Elas também têm aplicação na indústria têxtil e automobilística, como enchimento de bancos, por exemplo. Ao lado da fábrica de biomantas, está sendo concluída a montagem da unidade que irá produzir água de coco, com capacidade para processar 800 mil frutos/dia, sendo 600 mil de coco verde e 200 mil de coco seco. Utilizando tecnologia inédita no mundo, a água de coco será extraída do fruto através de uma agulha para que chegue diretamente à embalagem sem contato com o ar. “Teremos a melhor água de coco do mundo, sem conservantes, permitindo que façamos um processo de pasteurização suave,  aumentando a durabilidade  e o sabor do produto”, garante Lessa, depois de testes realizados em laboratórios do Brasil e da França. Segundo o executivo, a Frysk aposta alto no declínio das bebidas carbonadas – refrigerantes – e no aumento brasileiro e mundial do consumo de água de coco. E os números são animadores: nos EUA, o comércio de água de coco subiu de US$ 6 milhões em 2008 para R$ 600 milhões em 2013. Até o final de 2014 as unidades produtoras de leite e óleo de coco também deverão estar em funcionamento. Em uma terceira etapa, a Frisk também produzirá farinha de coco. E os resíduos que sobrarem de todas as atividades serão transformados em biomassa para abastecer as caldeiras e gerar energia por meio do vapor.