'Os moradores de Cristalândia estão à beira da calamidade no abastecimento', afirma vereadora Lia Teixeira que enviou ofício ao MP relatando a situação

A vereadora Lia Teixeira espera que a Embasa resolva a situação da crise hídrica em Cristalândia (Foto: Daniel Simurro | 97NEWS)

Um dos grandes paradoxos de Brumado, - como em todos os anos no auge da estiagem -, volta à cena e comprova que alguns problemas que aparentam ser de fácil solução se arrastam por anos, trazendo angústia e decepção à muitas comunidades. Este é o caso do moradores do Distrito de Cristalândia, que por sinal é o local que abriga a Barragem de Rio de Contas, a qual, hoje, está com 80% de sua capacidade de reservação e serve, além de Brumado, o município de Malhada de Pedras e várias comunidades rurais da região. Representante legítima do local, ainda mais que é o seu torrão natal, a vereadora Lia Teixeira (PDT), fez um pronunciamento contundente na sessão desta sexta-feira (27), sobre a situação do desabastecimento em que assola os moradores da sede do Distrito de Cristalândia, que segundo a parlamentar "já vivem uma situação que beira a calamidade, pois nem a descarga ecológica, que libera 220 litros por segundo, está mais sendo realizada. Isso mantinha a barraginha que servia a comunidade com água bruta, mas, agora, nem isso está mais acontecendo, sendo que a barragem está com bastante água. Isso aumenta a nossa preocupação e também causa indignação". Muito convicta ela declarou que "isso é uma injustiça muito grande, já que o local é provedor para o abastecimento de milhares de pessoas, além do que a descarga ecológica foi uma exigência que está inclusive no documento original, mas, agora, a empresa não está mais  realizando" e, subindo o tom destacou que "se continuar dessa forma a escola municipal que tem cerca de 600 alunos terá que ser fechada, assim como a Unidade Básica de Saúde". Lia Teixeira ainda informou que "entramos em contato com o chefe do escritório da Embasa em Caetité, Paulo Ledo, o qual nos informou que não é mais prerrogativa dele autorizar a descarga ecológica. Ele nos indicou que procurassemos a Embasa em Salvador, mas, até lá, o povo irá morrer de sede, então, em reunião com a comunidade, decidimos entrar com um ofício no Ministério Público para que a solução fosse dada com urgência, pois realmente a situação já apresenta um início de calamidade".