Brumado: Impasse sobre o empréstimo consignado dos servidores; entenda o caso

(Fotocomposição: 97NEWS)

No começo eram casos isolados, os quais acabaram sendo sequenciados sistematicamente fazendo com que o volume de procura ao empréstimo consignado pelos servidores da prefeitura municipal de Brumado junto à instituição bancária responsável aumentasse de forma considerável. Agora, o grande diferencial dos anos anteriores, já que o contrato foi renovado em 2017, é que esse procura está tendo um "final infeliz", ou seja, uma negativa por causa da instituição que vem alegando que a decisão é de cunho administrativo da gestão municipal. Nesse contexto alguns servidores procuraram a redação do 97NEWS e exprimiram seu descontentamento, já que, segundo eles é um direito adquirido e que não está sendo respeitado. "Eu já fui várias vezes no banco e a resposta que tenho é sempre a mesma, que o empréstimo consignado está desativado", relatou uma servidora que pediu reserva de identidade, a qual ainda emendou alegando que "não há uma resposta oficial, mas as informações que recebemos é que a ordem partiu da gestão municipal". A questão virou um impasse e foi parar no Ministério Público, já que foi entregue uma representação ao promotor Dr. Ruano da Silva Leite nesta quarta-feira (13) solicitando uma investigação por parte do órgão, tendo como base a Cláusula Segunda do contrato celebrado entre a Prefeitura Municipal de Brumado e a instituição bancária (foto acima).

O secretário municipal de Administração, João Nolasco, explicou o posicionamento da gestão municipal (Foto: 97NEWS)

Buscando maiores esclarecimentos sobre o fato, o 97NEWS falou com o secretário municipal de Administração, João Nolasco, o qual iniciou a sua argumentação citando que "desde maio, quando foi celebrado o novo contrato de concessão com a instituição bancária, adotamos algumas medidas justamente para preservar os servidores municipais, pois, como a crise econômica se avolumou, a busca por empréstimos aumentou muito". Ele ainda destacou que "então, diante disso, muitos servidores se descontrolaram e ultrapassaram e muito o limite de 30% do empréstimo consignado, já que algumas empresas operadores de crédito foram procuradas pelos servidores e fizeram os empréstimos sem maiores sondagens, o que afetou muito a integralidade dos vencimentos, chegando a ponto de alguns servidores terem mais da metade dos seus pagamentos comprometidas com o empréstimo, o que acabou trazendo transtornos e gerando um mal-estar para todos, pois, alguns deles, afirmavam que não tinham feito o empréstimo e que os descontos em seus contracheques estava errado". E muito seguro ressaltou que "devido a isso e evitando que novos empréstimos fossem feitos para piorar ainda mais a situação financeira de muitos servidores decidimos pelo bloqueio do empréstimo consignado até acharmos uma solução que venha a contemplar a todos, pois, os prejuízos poderiam atingir os cofres municipais, já que alguns empréstimos foram feitos em até 60 meses, o que é um tempo longo e, em caso da saída dos servidores dos quadros do município, a administração vigente teria que pagar a conta e isso não é justo". Questionado sobre um prazo para a liberação ele respondeu que "enquanto não fizermos um estudo de impacto mais detalhado, principalmente sobre os prazos, não poderemos precisar nada a esse respeito. Garanto que iremos buscar uma equalização, mas, até lá, pedimos aos servidores que entendam o nosso posicionamento".