Juiz pede ao STF incluir Lúcio Vieira Lima em mesmo processo do irmão Geddel

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O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, autorizou nesta quarta-feira, 13, a Polícia Federal (PF) a encaminhar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a investigação sobre os R$ 51 milhões encontrados na semana passada num apartamento em Salvador, atribuído ao ex-ministro Geddel Vieira Lima. A medida cautelar ainda afirma que existem “sinais de provas” que ligam o deputado e irmão de Geddel, Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) à Operação “Tesouro Perdido”, e podem levar ao indiciamento pelo crime de lavagem de dinheiro. No entendimento do juiz da 10ª Vara de Brasília, Lúcio Lima deve ser investigado pela “ocultação de valores de origem supostamente ilícita” e, se comprovada, terá o mesmo julgamento do irmão, já preso na Papuda. Em caso negativo, ordena processo desmembrado “com foro no STF por prerrogativa de função em apartado dos demais possíveis envolvidos”, conforme destaca na medida cautelar. Pela Constituição brasileira, parlamentares - que têm foro por prerrogativa de função – só podem ser investigados em inquéritos que tramitam na Corte. Ainda não existem fatos concretos que envolvam o deputado Lúcio Lima, explica Vallisney Oliveira no processo, que também já levou à prisão o assessor de Geddel, Gustavo Pereira. No entanto, o magistrado enfatiza que a situação muda a partir de agora, “diante da existência de sinais de provas capazes de levá-lo a eventual indiciamento no delito de lavagem de dinheiro, delito este que até o que se sabe possui relação com o anterior (fraudes na Caixa Econômica Federal – Operação “Cui Bono)”, enfatiza no documento. O caso do “Tesouro Perdido” até então analisado pela Justiça Federal em Brasília conforme ressalta o juiz Vallisney de Souza na medida cautelar, só pode prosseguir se “antes haver uma cognição pelo STF sobre todas as questões referentes aos procedimentos diretos e circunstanciais a esta apuração.”