'É uma concorrência desleal e um desrespeito ao sagrado', afirmam comerciantes da área de alimentação ao lado da igreja Matriz

A comercialização dos produtos acontece bem na frente da Igreja Matriz, maior símbolo religioso de Brumado (Foto: Luciano Santos | 97NEWS)

Donos de padarias e lanchonetes que ficam na área da Praça Francisco de Souza Meira, bem no centro de Brumado, procuraram a redação do 97NEWS para expressar a sua indignação e preocupação com a atuação de ambulantes no local, os quais, segundo eles, provocam uma concorrência muito desleal. Eles afirmam que pagam impostos e têm custos para manter seus estabelecimentos abertos e perdem mercado para empresa de fora, que ocupa a frente da Igreja Matriz, impedindo até a passagem de pedestres no local. Os comerciantes dizem ainda que não há fiscalização para coibir irregularidades. Um empresário do local que pediu reserva de identidade, diz que as perdas foram significativas depois que a uma panificadora da cidade de Condeúba começou a atuar de forma mais presente. Ele diz que antes, eles ficavam no estacionamento em frente ao Banco do Brasil, mas devido os agentes de trânsito reclamarem, eles mudaram para a praça, e ficam em frente a um patrimônio regioso, que é a nossa Igreja Matriz, um desrespeito total a um local consagrado de adoração" reclamou. Ele ainda citou uma passagem na Biblia em que o Senhor Jesus expulsou os vendilhões do templo, como está registrado em Mateus 21:12. O relato sagrado reporta que, Jesus ao chegar ao Templo de Jerusalém encontrou uma grande quantidade de vendedores de bois carneiros e pombos junto com os cambistas que ali comercializavam estas mercadorias e trocavam as moedas estrangeiras pelo shekel (moeda hebreia) permitida para pagar o dízimo. Outro comerciante, dono de uma lanchonete próximo ao local, também procurou a nossa equipe para relatar os prejuízos “as vendas caíram entre 30% e 40% nos dias que eles estão na cidade. Precisa ser corrigido porque nós temos custos, pagamos os tributos e geramos emprego e renda para o município", argumentou. Eles dizem estar temerosos quanto ao futuro, já que, caso continue dessa forma, terão que mandar empregados embora e poderem até fechar os seus estabelecimentos. Segundo informações colhidas junto à administração municipal, a empresa teria uma autorização de vendas, inclusive com inspeção sanitária, mas quanto à localização isso não teria sido analisado, já que a própria direção da igreja não teria se manifestado contrária até agora. O grande questionamento que fica para os comerciantes locais é: será certo comercializar produtos bem ao lado do maior templo religioso da cidade?; e o retorno dos impostos para o município é salutar para a economia local, pois a grande parte do dinheiro recebido vai para outro município?. Então fica aqui o espaço para os nossos leitores se manifestarem em mais essa questão que divide opiniões. 

O volume de vendas é alto, o que vem provocando prejuízos para os comerciantes do ramo de alimentação que ficam próximos ao local (Foto: Luciano Santos | 97NEWS)