Uma nova frase começa a circular com força nas conversas locais que é “Brumado acontece coisas que não acontecem em lugar nenhum”, ou seja, uma versão da já tão conhecida “Têm coisas que só acontecem em Brumado”, mas essas colocações não vieram do nada, elas têm fundamento, pois algumas situações que ocorrem por aqui são extremamente peculiares. Dentre as muitas, iremos citar duas obras emblemáticas, que fazem parte da construção de um futuro promissor, mas que, até o momento, ainda não foram inauguradas, tendo ainda sobre si alegações que não foram bem metabolizadas pela população. A referidas obras que começaram a ser construídas, uma em 2012 e a outra em 2014, com recursos do Governo Federal e Governo do Estado, que envolvem cifras muito robustas. Só no Conjunto Penitenciário, foram utilizados R$ 22 milhões e, apesar de estar pronto, não pode entrar em operação, já que houve uma espécie de bloqueio por parte da Justiça do Trabalho, pois as contratações dos funcionários deverão obedecer ao rito constitucional, ou seja, o ingresso por meio de concurso público.Já a UPA, que custou R$ 1,1 milhão e também ainda não está à disposição da população, aumentando assim o gargalo na área de saúde. O governador Rui Costa (PT), mostrando perplexidade com a situação do Presídio vem dito que "eu nunca imaginei que a Justiça do Trabalho viesse dar uma liminar para que eu não possa abrir uma unidade prisional, porque os modelos adotados que estamos abrindo é de concessão para empresas especializadas, mas a Justiça diz que tem que fazer concurso público para contratar funcionários, é uma empresa privada, ou seja, como é que vou fazer concurso público para uma empresa privada contratar funcionários?", ressaltou Rui.
A esperada UPA também continua sem previsão de entrar em operação (Foto: Luciano Santos | 97NEWS)
Ao entendimento da justiça, através de concurso, não haverá os tão “comuns” apadrinhamentos de cargos e indicações. O presídio, que fica localizado às margens da BR-030, deverá receber cerca de 2.500 custodiados, o que resolverá o problema crônico e histórico da superlotação da carceragem da 20ª Coorpin, que atualmente, abriga cerca de 60 presos, o triplo da sua capacidade. A superlotação, só foi diminuída, devido ao julgamento de alguns processos, tendo os condenados sido transferidos para outras unidades prisionais como, Vitória da Conquista e Salvador. Já na questão da UPA, o prefeito Eduardo Vasconcelos já confirmou que a operacionalização da unidade do só depende agora do governo do estado, pois toda a logística que ficou a cargo do município já foi dada. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 Horas já foi entregue e inaugurada desde o mês de dezembro de 2016, mas ainda continua sem previsão de quando começará realmente a atender à comunidade. O secretário municipal de saúde, Cláudio Feres, declarou que o município está dependendo apenas do último repasse do governo para a aquisição da mobília para aparelhar a unidade. A prefeitura de Brumado disse que está tentando resolver o problema com o Ministério da Saúde. "A gente tem tido dificuldades em colocar essa obra em funcionamento, mas estamos lutando", disse o prefeito em seu programa de rádio.
