Claudia Leitte e Bell Marques devem mais de R$ 30 milhões para a União

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"Acho que pior que tá não fica", afirma Cristiano Lacerda, empresário do bloco baiano Ara Ketu à la Tiririca antes de explicar a dívida de R$ 2,8 milhões das empresas que os integrantes da banda têm: são decorrentes da crise político­econômica que o país enfrenta. "A gente foi pego por essa crise que assombrou o país nos últimos anos e atingiu diretamente nosso segmento. Quando tem recessão, somos os primeiros a ser cortados. Estamos com planejamento de tentar resolver esse ano", completa. O passivo em questão se refere à Dívida Ativa da União, ou seja, débitos de pessoas jurídicas ou físicas com órgãos públicos, como INSS, Ministério do Trabalho ou Receita Federal, que não foram pagos espontaneamente. Assim, se tornam títulos executivos, passíveis de discussão perante o Judiciário. O assunto veio à tona pelo site notícias "Buzzfeed". Apesar do alto valor devedor, não é o Ara Ketu que acumula a maior dívida. A cantora Claudia Leitte tem pendência com a União de R$ 22,5 milhões com as empresas Ciel Empreendimentos Artísticos e 2T's. Em comunicado, o advogado da cantora, Alessandro Dessimoni, afirma que "os débitos fiscais das empresas 2TS e Ciel estão sendo discutidos judicialmente, portanto pendentes de julgamento —o que significa que estamos analisando o parcelamento dos débitos de acordo com o novo Programa de Regularização Tributária". O ex­integrante da banda Chiclete com Banana, Bell Marques acumula R$ 11,2 milhões em dívidas com cinco empresas ligadas ao seu nome. Segundo sua assessoria, "tais débitos serão objeto de regular parcelamento por meio do Programa de Regularização Tributária." A cantora Daniela Mercury comparada com os outros cantores citados acima tem uma pequena dívida, de R$ 26 mil. De acordo com a sua mulher, Malu Mercury, "esse valor trata­se de uma multa de um processo envolvendo a DRT (Delegacia Regional do Trabalho). Não concordamos com essa multa e estamos recorrendo em juízo. Não é um dívida. É um processo." Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa e Economia Aplicada (Ipea) em 2008, um processo de execução fiscal demora em média oito anos para ser julgado.