Após as denúncias a respeito de possível esquema de desvio de verba no FUNDEF, na merenda escolar e em obras do município, a sessão desta segunda-feira (06) na Câmara Municipal de Brumado foi marcada por algumas discussões em relação ao modo como seriam julgadas as ações no processo de admissibilidade de impeachment contra o prefeito Eduardo Lima Vasconcelos (PSB). Mas por fim, foi aprovada a denúncia que pede a cassação do gestor municipal. Pela primeira vez na história de Brumado, um gestor será investigado em um processo de impeachment. Dentro da Câmara, várias pessoas se manifestaram contra e a favor do prefeito, alguns, inclusive, portando faixas de apoio ao gestor. Segundo a Câmara, cerca de 100 pessoas foram permitidas à entrar no espaço devido as recomendações de distanciamento social por conta do novo coronavírus. Em uma sessão que teve a exclusão de todo material do grande expediente, optando apenas pela pauta única de votação da admissibilidade e prosseguimento da denúncia, os vereadores votaram por unanimidade a pauta sugerida pelo presidente da Casa, o vereador Leonardo Vasconcelos. O vereador Dudu Vasconcelos, filho do prefeito, não compareceu a sessão e, em seu lugar, votou Girson Lêdo que ocupou a cadeira apenas para votar o processo de pedido de impeachment.
Brumado: Por 9 votos a favor e 4 contra, Câmara vota pela admissibilidade de impeachment do prefeito Eduardo Vasconcelos
Com a abertura dos votos pela presidência da Câmara, os vereadores tiveram três minutos para as justificativas e, por 9 a favor e 4 contra, ou seja, pela maioria, a Casa aprovou o processo de admissibilidade e prosseguimento da denúncia contra o prefeito Eduardo Vasconcelos. Votaram a favor os vereadores: Ilka Abreu, Leonardo Vasconcelos, Edmilson Aguiar, Girson Lêdo, Elias Piau, Reinaldo Brito, Zé Ribeiro, Luiz Carlos Palito e Wanderley Amorim. Foram contra os parlamentares: Lia Teixeira, Gláudson Dias, Zé Carlos de Jonas e José Santos. Mesmo com a presença da Polícia Militar do lado de fora da Câmara, houve tumulto e até uma bomba foi jogada próximo a porta lateral do Poder Legislativo. A sessão também registrou aglomerações do lado de fora com pessoas não respeitando o distanciamento social recomendadas pelas autoridades de saúde. Com a Câmara restrita para alguns populares, um carro de som foi colocado do lado de fora da Casa para que os apoiadores do prefeito acompanhasem a sessão. Por fim, com a votação encerrada, o presidente da Câmara levou a sorteio o nomes dos vereadores que vão fazer parte da Comissão que irá investigar as possíveis irregularidades apresentadas pela Auditoria Pública Cidadã da Bahia (Aucib), contra o prefeito. A comissão ficou definida assim: vereador Palito como Presidente e o vereador Zé Carlos de Jonas como Relator. Já Ilka Abreu como membro.
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