Nesta terça-feira (9), o site 97NEWS já havia citado um conjunto de fatos relacionados à um possível clima de tensão que vinha sendo repercutido internamente na Pasta de Saúde, tanto que nos bastidores, a sensação é de uma possível crise na Saúde Municipal de Brumado (veja aqui). Confirmando a projeção feita pela nossa reportagem, no início da tarde de hoje (9), o coordenador técnico do Centro de Atendimento a Covid-19, a UPA Covid, localizado no bairro Malhada Branca, Dr. Danilo Menezes, publicou um vídeo no qual o profissional fala sobre o atual momento que o município vem passado com os casos da doença. "Estamos vivendo a beira do caos, em breve, irá faltar respirador, oxigênio e todos os insumos necessários para que a gente possa amenizar o sofrimento daqueles que necessitam", disse. O médico ainda chama a atenção dos constantes eventos particulares que vem acontecendo na Capital do Minério durante o "Toque de Recolher". "Diariamente atendemos pessoas que relatam que estavam passando em festas em família, em festas com outros membros e diariamente esse número só vem crescendo. São pacientes graves, pacientes necessitando de entubação, pacientes morrendo diariamente", afirma. O coordenador disse ainda que a exaustão toma conta dos profissionais de saúde que atuam na linha de frente ao Covid-19. "Muitos da equipe já estão exauridos fisicamente, faço um apelo à comunidade brumadense para que possa somar esforços junto conosco para que respeitando as medidas de distanciamento, para que os pacientes sabidamente sintomáticos respeitem o isolamento até que possam se recuperar completamente", diz o médico. Por fim, Menezes relata os depoimentos de dor e luto em que às famílias estão vivendo. "É muito choro, é muita morte, é muito sofrimento. É de fundamental importância a colaboração do povo para que nós unidos possamos passar por esse momento de tanto sofrimento que tem causado a todos nós", disse o coordenador da UPA Covid que ainda pede: "Cada um tem que usar máscara, respeitar o isolamento social, respeitar as orientações ao isolamento", finalizou.

No Brasil, cerca de 600 mil empresas já fecharam as portas, por conta da pandemia de Covid-19, o novo Coronavírus. As informações é do Sebrae. Em Brumado, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), disse está elaborando um questionário que será entregue aos comerciantes locais para identificar o efeito da crise no município. “Pra saber se já houve demissões, aquela revisão dos contratos, enfim, pra ter um panorama da nossa realidade em Brumado. Estamos extremamente preocupados com os efeitos da crise da Covid-19 na nossa cidade”, disse Fernando Coelho, gerente administrativo da CDL. Segundo ele, as pequenas empresas têm capital para durar, em média, entre 25 e 30 dias. “Já estamos chegando nesse limite máximo que as pequenas empresas têm condições de sobreviver sem uma receita entrando dentro dos seus estabelecimentos”, relata. Para Coelho, com o comércio fechado, o efeito é de cascata, mais cedo ou mais tarde, todos serão atingidos. “Quanto mais tempo a gente ver a atividade econômica paralisada, mais tempo ela vai levar pra se recuperar. Temos que buscar um meio termo pra tentar minimizar o prejuízo que já está consolidado”, concluiu.

Na última quarta-feira (18), a Organização Internacional do Trabalho (OTI) afirmou que até 24,7 milhões de trabalhadores podem perder o emprego por causa da pandemia de coronavírus. Segundo a OTI, o impacto nesse cenário pessimista seria pior que o da crise global de 2008, que destruiu 22 milhões de vagas. A Organização Internacional do Trabalho também destacou que a crise requer ação ampla e urgente dos governos. No melhor dos cenários, a OIT estima que 5,3 milhões percam o emprego como resultado direto da pandemia. Nos cálculos da agência, a contração do mercado de trabalho provocada pela pandemia pode tirar do bolso dos trabalhadores até US$ 3,4 trilhões (cerca de R$ 17 trilhões) até o final deste ano -- valor que equivale a mais que o dobro do PIB brasileiro do ano passado. Na Europa, até a tarde de quarta, todas as grandes montadoras já haviam anunciado a paralisação de suas unidades. Fiat, Ferrari, Lamborghini, Seat, Jaguar Land Rover (as três últimas do grupo VW), Renault, PSA (que produz Peugeot, Citroen, Vauxhall, Opel e DS), Volkswagen, Ford, Daimler-Mercedes Benz e BMW fecharam fábricas por ao menos duas semanas e estudam programas de lay-off (suspensão de trabalho temporária) ou demissão voluntária. A crise do setor automobilístico pode atingir até 13,8 milhões de empregos diretos e indiretos no continente, segundo a Acea (associação europeia de fabricantes), ou 6,1% do mercado de trabalho europeu. Governos dos principais países responderam com projetos de compensar parte dos salários dos trabalhadores em licença compulsória ou de elevar benefícios para os desempregados ou afastados por doença. Economistas, no entanto, alertam que países muito endividados, como a Itália, podem enfrentar problemas para oferecer a proteção social necessária aos trabalhadores afetados pela crise.

O mercado de entretenimento não escapou da crise financeira que atinge o País. Pelo menos é o que vem acontecendo na Região Sudoeste da Bahia, onde a população vem diminuindo os gastos com lazer. Está cada vez mais raro as pessoas abrirem a carteira para irem ao cinema, shopping e, os mais cobiçados, que são os shows por exemplo. Por mais que a economia já esteja acertando em alguns indicadores, ainda impera uma incerteza e muito mais o medo das pessoas em relação aos gastos. Quando isso acontece, as pessoas tendem a diminuir o consumo e o gasto de entretenimento, que são considerados bens supérfluos, para que elas possam continuar tendo o gasto com aquilo que é considerado primordial. Com esse medo do consumidor de gastar, o mercado de entretenimento sofre. Nos últimos 2 anos, produtores de eventos viram o público diminuir. Um fato recente e que ganhou a internet neste final de semana foi os shows da Banda Calcinha Preta e Tayrone na cidade vizinha de Livramento de Nossa Senhora. Em fotos divulgadas nas redes sociais, é possível ver o pequeno público na espaço de eventos "Tio Dedé". O Apaixona Livramento aconteceu no último domingo (19), e teve como atrações bandas de peso como Calcinha Preta, Tayrone e Kevi Jonny. 

O evento foi promovido pela empresária Janete Meira. Mas de acordo com os próprios moradores da cidade, a população não compareceu em massa ao evento, o que deixou outros organizadores preocupados. Nas redes sociais, o promotor da mesma cidade, Ney Trindade, comentou sobre o fato e lamentou o momento de crise que o entretenimento vive. "É muito triste para dois grandes nomes do Brasil, como Calcinha Preta e Tayrone não colocar público no show que aconteceu em Livramento neste domingo dia 19. Na boca de quem compareceu no evento, não tinha 300 Pessoas", disse Ney Trindade, que também já realizou vários eventos em Brumado, e teve que voltar para Livramento de Nossa Senhora, após crise no entretenimento na Capital do Minério. Lamentando o momento, Trindade ainda escreveu, "eu como organizador de eventos estou cauteloso em fazer eventos diante da crise que estamos atravessando no País... Deus no comando de tudo... essa crise vai passar...", disse o empresário. Na região, outros eventos conhecidos também foram afetados. Em muitos deles, atrações de peso foram canceladas e, em outros, empresários e prefeituras optaram pela não realização dos festejos de São João.

Parece que a crise financeira que atinge o país pegou as emissoras de TV em cheio, que em alguns casos já estão demitindo seus funcionários. A Rede Bahia, por determinação da presidência da empresa, está fazendo um drástico corte no seu quadro de colaboradores. Segundo informações apuradas pelo 97NEWS, as demissões devem atingir 100 funcionários, mas poderão se estender até 150 dos profissionais que estão na casa. Para se ter uma ideia, até profissionais com altos cargos, já foram desligados da emissora. No entanto, muitos funcionários ficaram surpresos com a decisão do canal. Os profissionais começaram a ser avisados na manhã desta quinta-feira (2). A baixa será em todos os veículos da empresa, o que inclui a TV, sites, rádios e jornal impresso. A medida, inclusive, foi iniciada no setor de jornalismo da instituição. A Rede Bahia não se manifestou sobre o assunto.

Em uma tentativa de sobreviver após fugir da crise na Venezuela, venezuelanos encontraram no lixão da cidade fronteiriça de Pacaraima, em Roraima, sua única fonte de subsistência. Enfiados entre os dejetos da cidade, os imigrantes ficam da manhã à tarde em busca daquilo que possam aproveitar. Recolhem metais, papelões e comida. Eles dizem que não conseguem outro trabalho porque a cidade está cheia de venezuelanos carentes, enquanto outros cometem crimes e “por um todos pagam”. “Buscamos tudo o que possamos vender para conseguir algum dinheiro. Se achamos alimentos que não estão podres, comemos”, descreve Miguel Arteaga, de 48 anos, ao G1. “Moramos os três de favor em uma casa”. O número de venezuelanos que fogem para o Brasil aumentou em meio a manifestações e confrontos no vizinho sul-americano desde a última terça-feira (30). O presidente autoproclamado Juan Guaidó, que preside a Assembleia Nacional, anunciou ter apoio de militares e convocou o povo às ruas um dia antes do 1º de Maio para derrubar o regime de Nicolás Maduro. O chavista, no entanto, afirma que os oposicionistas "fracassarão". Só na terça-feira (30), 848 imigrantes passaram pelo posto de triagem na cidade fronteiriça de Pacaraima. Segundo a operação Acolhida, que controla o fluxo migratório, o movimento foi considerado “atípico” se comparado a média diária de 450. Segundo a ONU, 3,4 milhões de venezuelanos saíram do país desde 2014 quando se agravou a grave crise política e econômica no país. Cerca de 96 mil buscaram refúgio no Brasil, conforme levantamento da Organização Internacional para Migrações (OIM).

Na sessão solene realizada na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Brumado, que marcou a posse de Kleber Lima Dias como presidente da nova diretoria da 21ª Subseção, em Brumado. A vice-presidente da OAB-BA, Ana Patrícia Dantas Leão, em seu discurso, falou do atual momento político que o país enfrenta, que segundo ela, todos precisam de uma orientação. "Nessa crise, a Ordem dos Advogados do Brasil, que historicamente já atua dessa maneira, tem uma responsabilidade muito grande. Porque neste momento, a advocacia, ela é atacada e muito atingida, até pelo papel de defesa da cidadania, de se opor, aos mandos e desmandos e, nesse sentido a advocacia tem a constituição do nosso estado democrático de direito". Ana Patrícia relata que neste momento "se não dermos conta, seremos devorados pelo tubarão". "Esses tubarões são aqueles que foram eleitos, para representar o interesse do povo, e se esquece de sua responsabilidade, são aqueles que tem a responsabilidade de fazer a Justiça, de entregar a prestação jurisdicional. Mas ao tomarem posse, esquecem da sua função, esquecem pelo motivo com o qual estão ali, o motivo pelo qual eles são um dos poderes do estado democrático de direito. Eu me refiro por tanto ao Poder Judiciário, eu me refiro a todos aqueles que tem uma função constitucional, mas que se esquecem da sua função, ou pelo menos estão tentando dar novos contornos a essa responsabilidade", disse ao 97NEWS a advogada. 

Ana Patrícia, que é a primeira mulher a ocupar o posto de vice-presidente da OAB-BA, também avalia que “houve um grande avanço”, com elevação do número de mulheres nos quadros da Ordem, saindo de 9 mulheres no Conselho Seccional para 28. “Isso muda muito a perspectiva da OAB, porque a vice-presidência é uma função política. A mulher sai historicamente de uma função de auxílio, de secretariado, como já tivemos mulheres na história da OAB-BA que ocuparam cargos de secretária-geral, mas nunca em uma posição política. Isso é um avanço histórico da mulher”, explica. Questionada sobre a interiorização da OAB, que antes a Ordem era mais capital, e hoje está rodando o interior. Ela destacou que desde 2013 a OAB vem viajando pelo interior da Bahia, no intuito de dar estruturas as subseções. “Tudo que nós tínhamos na Seccional da capital, foi levado para o interior, para proporcionar uma maior dinâmica aos advogados, que ali atuavam sem nenhuma estrutura. E hoje não, o que tem na capital, tem no interior", afirmou Patrícia.

A crise que vem se estabeleceu entre o governador Rui Costa e a categoria dos delegados de polícia do estado da Bahia vem se intensificando, já que os discursos caminham para um enfrentamento ideológico, que pode ter uma resposta mais aguda, pois os indícios são de que todos os coordenadores e delegados titulares deverão mesmo deixar os seus postos de trabalho em retaliação ao que foi definido pelo delegado Fábio Lordelo, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado da Bahia, como “um presente de grego em plena época natalina”. Subindo o tom ele destacou que “a nossa indignação é patente contra essa reforma administrativa que o governador está promovendo, pois ela causará a médio e longo prazo ganhos significativos para o governo e perdas enormes para a nossa categoria que já está há 4 anos sem receber aumento”. Ele ainda argumentou que “temos sido fiéis em nossas contribuições, pagando o imposto de renda, em suma, mais de 40% dos nossos vencimentos ficam com o governo do estado e, agora, de forma acachapante o governador vem e nos coloca goela abaixo um teto que nos trará prejuízos financeiros a partir de janeiro. Acredito ser um desrespeito à nossa categoria, por isso vamos manter pé firme em nosso protesto. O nosso objetivo é o diálogo, que não está existindo, pois tudo tem sido conduzido de forma unilateral, então, a melhor forma para chegarmos à uma solução é a construção de uma via alternativa”. E concluiu enfatizando que “não se trata de uma greve e nem de uma paralisação e sim um ato simbólico para demonstrar a insatisfação da categoria”.

A crise desencadeada pela proposta de reforma administrativa enviada para a Assembleia Legislativa da Bahia pelo governador Rui Costa acabou gerando um enfrentamento com os servidores públicos estaduais, sendo que, das diversas categorias, a dos delegados da Polícia Civil ganhou uma dimensão mais intensa. Diante do desencadeamento, no estilo “dominó”, após a entrega dos cargos da cúpula da Polícia Civil na Bahia, as Coorpins (coordenadorias de polícia do interior) estão seguindo o mesmo caminho, onde os coordenadores e delegados titulares estão também colocando os seus cargos à disposição. Diante disso, fortes evidências apontam para que em Brumado, sede da 20ª Coorpin, o quadro seja de sincronia, ou seja, que o coordenador e o delegado titular também teriam entregado os seus cargos em solidariedade ao movimento. Buscamos contato com a coordenação, mas sem sucesso, mas, segundo fontes de credibilidade, isso realmente teria acontecido, agora, basta saber se o governador irá acatar os pedidos e nomear novos delegados. Enquanto isso o impasse fica no ar e, em pleno final de ano, o clima acaba sendo de negatividade, já que a crise pode se agravar ainda mais e provocar um aumento da criminalidade que pode querer se aproveitar dessa situação. Ainda segundo informações Rui Costa está reunido com seu secretariado e assessores na busca de achar uma solução urgente para o impasse.

Uma ação que foi dada entrada no Ministério Público nesta quarta-feira (24) tendo como autor a Prefeitura Municipal de Brumado e como alvo a Embasa, vem comprovar que o aprofundamento da crise hídrica no município, que atinge não somente o meio rural, mas, agora, a zona urbana, prejudicando inclusive as escolas municipais, em especial as que funcionam em Tempo Integral que, ao que tudo indica, não deverão ter aula nos próximos dias, já que as sucessivas interrupções no abastecimento sinalizam nesse sentido. Com isso a queda de braços se intensificou, o que pode ter novos desdobramentos, ainda mais que existe a previsão de que na próxima gestão do governador Rui Costa, a Embasa poderá ser integralmente privatizada, o que é visto como um avanço, já que atualmente ela vem deixando a desejar em vários municípios do estado. 

Segundo o prefeito Eduardo Vasconcelos que não vem poupando críticas severas à empresa, “a Embasa é uma tragédia anunciada e, agora, novamente dá mais um atestado de sua incompetência com as essas sucessivas interrupções no fornecimento”. Ele ainda fez questão de explicar que “essa ação não é contra o estado, que isso fique bem claro, mas é para buscar o retorno da normalidade dos serviços, já que os prejuízos ao aprendizado são cada vez maiores, tanto que em várias escolas, caso não volte a água ainda hoje, não haverá condições de se ter aula, fazendo com que milhares de alunos voltem para as suas casas”. A ação será analisada pelo Ministério Público que poderá encontrar uma saída para o impasse. Vale ressaltar que em seus comunicados sobre a suspensão dos serviços a Embasa comunica que o motivo é a realização de serviços de manutenção preventiva, mas, para o prefeito “isso é muito vago e não passaria de um subterfúgio para não atestar a sua incompetência”.