‘Está cada vez mais difícil o policial exercer a sua missão’, afirma comandante da 34ª CIPM

O major Jocevã Oliveira acredita que o sucesso da Operação Lava-Jato pode ser determinante no combate à criminalidade no país (Foto: Luciano Santos | 97NEWS)

O comandante da 34ª CIPM, major Jocevã Oliveira, que estava inclusive um pouco afastado da mídia, voltou a fazer colocações interessantes e uma espécie de desabafo. Falando ao radialista Carlos Silva, Oliveira abordou um tema muito sensível ao dizer que “atualmente está muito mais difícil do policial exercer a sua missão em defender a sociedade. É um verdadeiro deserto sem água e sem alimento e com muitas barreiras que acabam sendo um grande desafio” e complementou dizendo que “a tecnologia acaba agindo em desfavor, pois se um policial é filmado quando erra, isso se torna uma tragédia, mas, quando isso acontece com qualquer membro da população é encarado como normal”. E subindo o tom ele dispara que “fica parecendo que parte dos governantes não gostam dos policiais o que transparece que cada vez mais bandidos entram na vida pública. Infelizmente a realidade é essa, que o Brasil está cada vez mais infestado de bandidos disfarçados de políticos”. E continuou argumentando que “a mudança desse quadro preocupante passa necessariamente pelo sucesso da Operação Lava Jato, então vamos aguardar, porque do jeito que vai, a sociedade, cansada de tanto sofrer, vai tentar resolver a situação numa espécie de guerra civil, assim como está acontecendo na Venezuela atualmente”. Questionado sobre a implantação da Patrulha Rural em Brumado, ele explicou que “fizemos um investimento num veículo que recebemos do extinto Derba, mas estamos estudando se o custo benefício irá valer a pena, mas faz sim parte de nosso planejamento colocar em ação essa patrulha, já que o índice de criminalidade no meio rural também vem aumentando”. E finalizou destacando que “vamos continuar o nosso trabalho com o máximo de dedicação. Recebemos reforço em nosso contingente, o que nos dará maior suporte para o enfrentamento à criminalidade. Recebemos armas de grosso calibre, que nos deixa no mesmo patamar bélico. Em suma, iremos continuar a nossa empreitada de tolerância zero contra o crime”.