Brumado: Diretor do Matadouro protesta contra o abate clandestino e não nega que estabelecimento pode fechar por causa disso

O Frigorífico e Matadouro de Brumado poderá fechar por causa do abate clandestino (Foto: Luciano Santos | 97NEWS)

Em meio as “tempestades” desencadeadas após a “Operação Carne Fraca” que foi realizada pela Polícia Federal, as questões envolvendo os frigoríficos nacionais ganharam uma grande atenção. Em Brumado, que já viveu episódios dessa natureza, como a “revolta dos açougueiros”, volta a viver um clima de tensão sobre essa situação. Visando esclarecimentos, a nossa equipe ouviu o diretor do Mafrib - Frigorífico e Matadouro de Brumado, Mauro Brito, o qual fez questão de ressaltar que “o abate clandestino que ainda é muito praticado em Brumado e região é um inimigo da população e representa um grande risco para a saúde pública”. Mostrando preocupação ele continuou argumentando que “o Ministério da Saúde vem divulgado relatórios sistemáticos, os quais mostram que inúmeras doenças contraídas pela população são derivadas do abate clandestino, doenças silenciosas e somatizadas que levam à morte lentamente”. Ele também fez outra denúncia séria ao relatar que “outra situação muito séria é a agressão ao meio ambiente, já que, os bois, quando são mortos, tem despejado no solo uma grande quantidade de sangue, o que causa a desertificação”. Questionado sobre os boatos de fechamento do frigorífico, ele respondeu que “eles têm sim procedência, pois temos a capacidade técnica para abater 300 bois por dia e hoje, devido ao alto índice do abate clandestino em toda a região, não estão sendo abatidos nem 40. Isso está causando um sério prejuízo que não está dando nem pagar os 85 empregados que possuímos, que podem a qualquer momento perder o emprego”. E encerrou destacando que “os órgãos iniciarão em breve uma grande operação de combate ao abate clandestino, pois do jeito que está não pode continuar, ressaltando que é a vida humana que está sendo colocada em risco”.