Durante o Conselho Pleno da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Bahia (OAB-BA) desta sexta-feira (10) um projeto foi apresentado pela Diretoria Executiva da Seccional para contabilizar as horas de contribuição dos conselheiros da OAB-BA. A tesoureira Daniela Borges explicou a iniciativa, que busca registrar a quantidade de horas para divulgá-las no Portal da Transparência da entidade. “Dentro do conceito de transparência a segunda etapa, que entrará no ar em abril, registrará informações do número de horas trabalhadas pelos colaboradores da entidade”, afirmou Daniela. A tesoureira explica que os advogados não têm acesso ao trabalho que é realizado pelos colaboradores, que é feito gratuitamente, e que isso iria ajudar na transparência da seccional. “Todos que estamos aqui sabemos do tempo em que trabalhamos para a Ordem sem que qualquer remuneração seja ganha. Queremos informar o que é feito através das horas que cada membro trabalha”, explicou. A atualização entraria no portal em abril deste ano e os colaboradores iriam registrar suas atividades por meio de um aplicativo, que ficará disponível para Android e iOS. “Teremos um parâmetro de validação das horas, com a confirmação de membros da comissão”, explicou Daniela. A Diretoria explicou que a ideia foi do presidente da Ordem, Luiz Viana, que pensou no registro das horas dos colaboradores há dois anos. O presidente afirmou que a iniciativa é importante para a transparência da entidade e para que a classe conheça o trabalho da OAB-BA. Durante a reunião foi sugerido que antes de demonstrar os dados para a sociedade no portal da seccional, deveria haver um demonstrativo durante um mês para quer todos os conselheiros se adaptem ao sistema; a sugestão será atendida pela diretoria. A iniciativa, no entanto, não agradou a todos os conselheiros. Jorge Oliveira, por exemplo, afirmou que não concordou em reduzir a produtividade dos conselheiros em números. “É uma coisa muito difícil de mensurar. As tarefas dos colaboradores é mista, podemos fazer do nosso próprio trabalho. Fica difícil de saber como isso representará a realidade da nossa produção. Existem coisas que não podem ser contabilizadas. Eu sou adverso a uma transformação da nossa realidade de vida em números”, afirmou. Para a dificuldade de mensurar tarefas, a solução de estabelecer uma média de tempo para cada tarefa foi levantada e será analisada pela diretoria. “Eu acho que pode ser uma sugestão boa essa parte de estabelecer uma média para cada ação”, afirmou Daniela Borges.
Portal da Transparência poderá contabilizar horas de conselheiros da OAB
Foto: Divulgação / OAB-BA