Bahia prevê Ensino Médio integral em 50% das escolas estaduais até 2022

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O Governo da Bahia estima que, até 2022, 400 das 800 escolas de Ensino Médio do estado já estejam ofertando ensino integral, atingindo, assim, 50% da meta proposta pelo Ministério da Educação na Medida Provisória (MP) que reformula o antigo 2º grau. O documento federal determina que 100% das escolas adotem a carga horária de dois turnos. A previsão é do superintendente de Políticas da Educação Básica do Estado, Ney Jorge Campello. Segundo ele, a Bahia possui, atualmente, 66 escolas de Ensino Médio com modalidade integral, onde estão matriculados 3.518 alunos. O número de escolas já adaptadas aos dois turnos representa apenas 8,25% do total de escolas de Ensino Médio da Bahia. O desafio da gestão estadual com a proposta do Governo Federal de ampliar a carga horária em todas as unidades de ensino de 800h para 1400h anuais, é incluir os outros 435.572 estudantes baianos do Ensino Médio regular (que não é integral) no novo modelo. Os estudantes que hoje estão no Ensino Médio representam 55% do total de alunos no estado (900 mil). Já o número de escolas com Ensino Médio corresponde a 61% do total. Além da ampliação da carga horária, a MP prevê a flexibilização do currículo, que torna parte da grade de disciplina obrigatória para todos os estados e permite que a outra parte seja escolhida pelos alunos conforme suas áreas de interesse: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou então dar ênfase ao ensino profissionalizante. Além disso, a MP também destaca que o Ensino Médio poderá ser organizado em módulos e adotar o sistema de créditos ou disciplinas. Assim, o aluno pode receber um diploma a cada etapa, e já poderá entrar no mercado de trabalho. Apesar de já estar em vigor, o documento precisa ser discutida e votada no Congresso em até 120 dias. Campello destaca que ainda não tem como dimensionar o impacto das mudanças propostas no orçamento da Educação na Bahia, que hoje é de R$ 3,4 bilhões (25% do orçamento do estado). Também não há uma previsão de quando o estado deve implantar o ensino integral em 100% das unidades. (G1)