Disparou:'Petistas são peemedebistas dependentes', diz Geddel

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Secretário nacional do PMDB, partido que preside na Bahia, o ex-ministro e ex-deputado Geddel Vieira Lima tem lutado dentro de sua sigla para que ela deixe o governo de Dilma Rousseff e rompa a aliança com o PT. Considera essa vinculação nociva para o futuro peemedebista e acredita que há uma tendência crescente no partido para o rompimento. Amigo do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), ele o acha qualificado para assumir o Palácio do Planalto no caso de um eventual impedimento da presidente Dilma Rousseff (PT). Contudo, Geddel ressalta que trabalhar no sentido de assumir a Presidência seria um golpe contra a Constituição. O PMDB pode, perfeitamente, se afastar do PT. Não se afasta porque ainda prevalece uma vontade majoritária (cada vez menos majoritária) de que se deve dar sustentação desse governo participando de cargos. Eu já tenho uma posição diferente dessa há algum tempo e essa posição vai ficando majoritária. Quem não se afasta do PMDB é o PT, porque sabe que sem o PMDB, cai. Cai o governo. Portanto eles ficam nesses arroubos, a ala mais à esquerda, a ala mais isso e aquilo outro. Mas são peemedebistas dependentes. Vou continuar na minha luta para que o PMDB se afaste e volte a oferecer ao país um projeto próprio de desenvolvimento econômico e social, das mudanças que o Brasil precisa.Temos um congresso marcado para agosto, onde estará presente o PMDB do Brasil inteiro. Vai ser um grande momento para a manifestação das bases e as bases vão mostrar, a segmentos da cúpula partidária, que a posição de que eu, por exemplo, tenho defendido é cada vez mais presente. Chega. O PT já deu o que tinha que dar. Eles se corromperam no poder, viraram o partido da boquinha, que só pensa em cargos, e quem diz isso não sou eu - antes que venham com alguma reação irada -, quem diz isso é o líder maior deles, o presidente Lula, que coloca o PT no "volume morto", absolutamente dissociado da realidade contemporânea da sociedade. Tenho certeza que o PMDB vai sair do encontro com uma posição afirmativa em relação ao desgoverno que se transformou o período da presidente Dilma. Defendo que todos os condenados pela Justiça em caso de corrupção sejam expulsos do partido. Por enquanto o PMDB não está nesse padrão do PT, que tem suas lideranças atrás das grades.