Coordenador do Setor de Endemias explica atual situação dos cães errantes em Brumado

O coordenador Fábio Azevedo chamou a atenção para a gravidade da situação (Foto: Marcos Paulo / 97NEWS)

A situação dos cães errantes em Brumado vem incomodando toda a população, que vem fazendo constantes apelos às autoridades, que até o momento ainda não encontraram uma solução para essa questão. Visando maiores esclarecimentos sobre esse quadro, a reportagem do 97NEWS ouviu o coordenador do Setor de Endemias, o veterinário Fábio Azevedo, que prestou importantes esclarecimentos. “Para se entender a situação é necessário se fazer uma divisão, pois até 2010 a prefeitura recolhia os animais no canil público, deixava eles por dez dias e, os que estavam comprovadamente com calazar eram eliminados, mas, a partir de 2011, houve uma mudança radical que foi feita por meio da Lei 9.605 que proibiu o sacrifício, então, diante disso, tivemos que adotar outro procedimento, onde capturamos os animais e a ONG AUAU cuida deles, mas, essa situação tem uma agravante, porque o número de animais é muito limitado não podendo passar de 30”, explicou o veterinário que ainda argumentou que “com essa mudança o número dos casos de calazar na cidade aumentou, pois não há recursos para cuidar dos animais, então, aproveito a oportunidade para, primeiramente, parabenizar o ótimo trabalho da Ong AUAU e pedir para que a população também contribua com a mesma, já que é um problema que afeta a todos nós”. E finalizou dando uma informação impactante ao relatar que “hoje são cerca de mil cães errantes em Brumado, um número muito alto que é agravado ainda pelo fato das pessoas terem o péssimo hábito de abandonarem os seus animais quando adoecem nas ruas. Infelizmente é uma situação séria, mas que, até o momento não tem uma solução, já que os cães não podem ser eliminados e também não há um local para que eles sejam abrigados, o que aumenta o risco da população poder contrair doenças como o calazar. A solução para a questão passa, então, necessariamente pela construção de um Centro de Zoonoses no municipio, que já foi solicitado pela Secretaria Municipal de Saúde, mas que, até o momento não foi atendido pelo Governo Federal”.