Explosivo: Óleo de péroba, gasolina e muita confusão na CPI da Petrobras

O deputado Jorge Solla foi um dos mais exaltados e bateu boca com o tucanato (Foto: Reprodução)

O clima esquentou nesta quinta-feira (19) durante depoimento do ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, na Câmara Federal. Deputados do Partido dos Trabalhadores discutiram com o deputado Delegado Waldir (PSDB-GO), que interviu na fala do deputado Jorge Solla (PT-BA), ao lembrar casos de corrupção durante os governos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O tucano afirmou que seria preciso “comprar óleo de peroba para passar na cara dos petistas".  Os deputados petistas Jorge Solla, Afonso Florence (PT-BA), Valmir Prascidelli (PT-SP) e Maria do Rosário (PT-RS) reagiram. “Houve um princípio de confusão", explicou Afonso Florence (PT-BA) ao Bocão News. Florence se referiu ao fato como "bastante contingente", apaziguado a pedido do presidente da CPI da Petrobras, Hugo Motta (PMDB-PB).  "O deputado Delegado Waldir sempre é muito ríspido quando ele fala. Eu digo ríspido para usar um eufemismo, porque ele sempre ofende, sempre agride quando fala. Ele disse que ia comprar óleo de peroba para passar na cara dos petistas e os deputados petistas rebateram. Ele sempre fala desse jeito e usa esses termos ríspidos. e o presidente da CPI mandou ele retirar as declarações. Ele retirou e tudo foi apaziguado”. O deputado Antonio Imbassahy (PSDB) minimizou a confusão e disse que essas declarações “desviam o foco da CPI”. Segundo ele, “esse tipo de incidente de nada contribui para a investigação. A CPI tem que investigar e não fazer debate político. Esse fato é para tumultuar uma CPI que está ganhando a confiança da população e tentar desviar o foco das investigações sobre corrupção na Petrobras”, explicou o tucano à reportagem. Os integrantes da CPI da Petrobras tentaram colher depoimentos de Renato Duque, mas ele se recusou a responder. "Eu me recusei a responder às perguntas da CPI por orientação da minha defesa e isso não significa que eu seja culpado. Eu vou provar que meus bens não são produto de corrupção. Tenho orgulho de ter trabalhado na Petrobras e lamento o que está acontecendo na companhia", afirmou Duque.