Denúncias de violações contra crianças e adolescentes aumentam 14%

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Na última segunda-feira (18), foi celebrado o Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Na data, Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos divulgou dados de denúncias feitas por meio do Disque 100. Em 2019, 159 mil registros foram feitos pelo Disque Direitos Humanos, detes, 86,8 mil são de violações de direitos de crianças ou adolescentes, um aumento de quase 14% em relação a 2018. A pesquisa aponta que, quando o assunto é violência sexual, foram registrados mais 17 mil casos somente no ano passado. A maior parte dessas violações é perpetrada por pessoas próximas à vítima e a grande maioria delas no ambiente doméstico. Outra preocupação externada tem a ver com os números pós-pandemia. É que a partir de abril deste ano, quando um maior número de estados começou a decretar o isolamento social como medida necessária para reduzir a contaminação pela covid-19, houve uma queda de 17,1% nas denúncias, quando na verdade era esperada uma estabilização ou um aumento delas. A suspeita é de que em casa, longe da escola, muitas crianças estejam mais expostas a situação de abuso e exploração sexual. Ainda segundo o levantamento, a maioria das vítimas de violência é menina (55%), que tem entre 4 e 11 anos. Já entre os suspeitos a maioria é mulher (52%) e tem entre 18 e 59 anos (71%). Nos casos específicos de violência sexual, os padrastos (21%) são os principais abusadores, seguidos de pai (19%), mãe (14%), tio (9%) e vizinhos (7%). Até o final deste mês o ministério promete ampliar o atendimento às vítimas por meio de um número para denúncias via WhatsApp. As vítimas também poderão continuar fazendo denúncias pelo Disque 100.