Aplicativos colocam o rosto de qualquer pessoa em vídeos de celebridades e políticos. Tecnologia ou ameaça?

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Você já deve ter se deparado com montagens divertidas de pessoas comuns trocando as faces em aplicativos de redes sociais, como Snapchat e Instagram. A brincadeira surgiu em 2016 e rapidamente se tornou um grande sucesso. No entanto, como qualquer invenção, essa ideia também teve desdobramentos, um tanto quanto, sombrios. Usuários de um fórum da internet desenvolveram outro aplicativo capaz de trocar o rosto de qualquer pessoa num vídeo pela face de celebridades ou qualquer pessoa. Inserir faces criadas virtualmente tem representando um imenso desafio para a indústria cinematográfica. No entanto, parece que a tarefa vem se tornando cada vez mais fácil, com uma velocidade inacreditável e com propósito assustador. Programadores indianos criaram um fórum mostrando os resultados de suas manipulações de faces em vídeos. As "deepfakes", posta cenas de pessoas comuns, substituindo os rostos por faces de políticos como Donald Trump (EUA) e Bolsonaro (BRA). A evolução sinistra da tecnologia não parou por aí. Agora um outro usuário conhecido como ‘deepfakeapp’ criou o FakeApp, um aplicativo capaz de permitir que qualquer um consiga forjar vídeos com rostos falsos a partir de uma base dados em rede. Ou seja, qualquer pessoa que tenha uma quantidade significativa de imagens e vídeos com seu rosto na internet, pode ser uma vítima em potencial. Depois disso, a criação de vídeos falsos deu salto significante até mesmo para os padrões tecnológicos. Alguns deles com resultados impressionantes. Apesar de alguns vídeos serem comprovadamente falsos, todos os dias surgem novas e convincentes versões de outras montagens. Como qualquer tecnologia, o avanço pende para qualquer sentido apontado pela mente humana, seja para o bem ou para o mal. Depende do ponto de vista. Analisando friamente, o salto tecnológico pode elevar a qualidade de produções cinematográficas, melhorar as possibilidades de treinamentos virtuais e vídeos educativos ou mesmo eternizar a imagem de pessoas que já não estão entre nós. Essa última já bastante questionada eticamente pela indústria audiovisual.