Coronavírus: Rui Costa assinará decreto que prevê bloqueio de rodovias federais que fazem fronteira com a Bahia

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

O governador do Estado, Rui Costa, anunciou na manhã desta segunda-feira (16) que vai realizar bloqueios nas rodovias federais, BR´s 101 e 116, -- principalmente nas fronteiras com a Bahia --, para conter o avanço da Covid-19, o coronavírus no Estado. Segundo Rui Costa, um decreto será assinado ainda hoje para que a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) em ação conjunta entre a Polícia Militar, a Secretaria de Agricultura  e a Secretaria da Fazenda, realizem operações de bloqueios nas rodovias afim de que, pessoas com suspeita do Covid-19 não entrem na Bahia por meio de ônibus e até mesmo de caminhões e carretas. "Nós vamos fazer bloqueios de entrada nas rodovias federais de todos os ônibus e de todos os caminhões que venham de São Paulo ou do Rio de Janeiro. Vamos descer todos os passageiros e medir a temperatura de todo mundo, quem tiver com febre não vai entrar na Bahia, vai ter que voltar para o estado de origem, exceto se for baiano e ai nós vamos levá-lo fora do ônibus, em outro veículo para ficar em quarentena", afirma Rui Costa. De acordo com o governador, outras rodovias da região centro oeste que fazem divisa com a Bahia também receberão bloqueios. "Já temos casos em Goiás, então nós vamos bloquear a BA-242 e a entrada de Goiás também", declarou ele nesta manhã em coletiva com a imprensa.

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No domingo (15), o Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) confirmou o nono caso do novo coronavírus. Trata-se de uma mulher de 50 anos, residente em Feira de Santana, com passagem pelos Estados Unidos. A pacientes encontra-se em isolamento domiciliar, adotando as medidas de precaução. Do total de casos, quatro foram registrados em Salvador e cinco no município de Feira de Santana. De acordo com o secretário da Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas, “até o momento, todos os casos confirmados no estado foram importados ou possuem transmissão familiar, o que é uma situação diferente da encontrada em São Paulo, onde já existe transmissão comunitária, assim chamada quando as equipes de vigilância não conseguem mais mapear a cadeia de infecção, não sabendo quem foi o primeiro paciente responsável pela contaminação dos demais”, afirma.