Paralisação: Professores estaduais vão às ruas de Brumado em protesto contra cortes de Rui Costa

Foto: Manu Nunes l 97NEWS

Às vésperas do carnaval, o governador Rui Costa (PT) enfrenta nesta semana uma onda de protestos promovido pelos educadores estaduais contra sua gestão. A categoria reivindica melhorias no setor, como o reajuste linear de 12,84%, tabela, piso salarial, reforma do Ensino Médio e Bolsa Auxílio. Na tarde de terça-feira (18) os profissionais realizaram um protesto, na Praça Armindo Azevedo, em Brumado, e com faixas e cartazes chamaram a atenção do Estado. Com frases: "Governador, o plano de carreira do magistério precisa ser respeitado! Reajuste linear para toda a categoria." Outro cartaz dizia: "O Governo quer derrubar a educação porque ela derruba o governo". Em entrevista ao 97NEWS, o vice-diretor da APLB/Caatinga, André Azevedo, relatou que o evento foi o primeiro da agenda de paralisação e, que se estenderá por toda a Bahia durante a semana. Segundo ele, no início seriam discutidos trinta e um pontos na pauta, mas em comum acordo, foram reduzidos para oito as reivindicações ao governo do Estado. Ele classificou no qual o que mais irritou a categoria foi o não repasse dos 12,84% do piso do magistério pelo governador Rui Costa aos profissionais. "É necessário que fique claro que não é um aumento que nós estamos pedindo, é apenas um repasse. O governo federal fez a parte dele e, nos surpreendeu com esses 12,84. E o governo Rui Costa simplesmente não repassou esse valor", declara Azevedo. 

Foto: Manu Nunes l 97NEWS

Desde o ano passado, Rui Costa vem diminuindo repasses e até realizando cortes, como foi o caso da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 159 de 2020, que prevê, entre outros itens, a mudança na previdência dos funcionários públicos do estado. A PEC foi aprovada no dia 31 de janeiro em meio a protestos na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). De acordo com André Azevedo, a categoria defende um aumento linear, e não da forma que o governo da Bahia vem oferecendo. "Os professores que iniciaram a carreira agora, ele deu reajuste de 3, 6 e até 11%, o que ficaria abaixo do piso. E nós da categoria queremos que esse aumento seja linear, ou seja, contemple todos da categoria. E não repassando esse aumento, ele atinge diretamente o nosso plano de cargos de salários, que foi uma conquista desde 2002", disse o vice-diretor da APLB/Caatinga. Os servidores estaduais da educação seguem a paralisação até a sexta-feira (21), onde a categoria decidirá se haverá ou não o indicativo de greve. Em Brumado, a rede estadual de ensino é atendida pelo Colégio Estadual de Brumado (CEB), Getúlio Vargas e CEEP.