Brumado: Aumento do preço da carne já atinge donos de restaurantes

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Na Capital do Minério, o aumento do preço da carne já havia sido previsto desde a metade do mês de novembro e, agora chegou à ponta. Donos de restaurantes em Brumado têm percebido a discrepância, que pode chegar a 60% e que é sentida todos os dias. Mesmo tentando diminuir a margem de lucro, eles afirmam que chega um ponto em que não tem mais jeito, e é necessário aumentar o preço para o consumidor final. “A gente segura, reluta o máximo que dá, segura o lucro para tentar não repassar para o cliente, mas infelizmente o aumento é muito e acaba não tendo como, a gente tem que repassar essa conta”, lamenta o proprietário de restaurante, Willian dos Santos. Segundo ele, o quilo da picanha, por exemplo, custava R$ 25 e, esta semana, subiu para R$ 28. O repasse para o cliente ainda é pequeno. A marmita, por exemplo, que custava R$ 12, passou para R$ 16. “De uns dois meses para cá começou a toda semana ter essa mudança, toda semana você vai comprar a carne e está com um valor diferente”, lamenta. “Veio aumentando, você vai contornando, mas chega num ponto que o preço sobe tanto que não tem como. De uma semana para outra teve um aumento de R$ 10 no quilo e não tem como segurar”, disse Willian. 

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Outro dono de restaurante no Mercado Municipal, Germiniano Ribeiro relatou que o preço da carne normalmente aumenta quando há seca na Bahia. Com ele, até agora, os clientes tem sido compreensivos. “Graças a Deus os nossos clientes tem instrução, então eles sabem que é difícil, que a gente não tem o que fazer. Ainda não diminuiu o fluxo, mas eles sentem que subiu”. Para o empresário, esta é a primeira vez em 10 anos, que existe uma oscilação tão grande. “Um aumento tão brusco nunca teve. A gente sempre teve oscilações de 1, 2, 3 reais, mas, para ter uma ideia, a gente trabalhava com carne de primeira R$ 22 o quilo, e aumentou para R$ 28 em duas semanas. E a tendência é aumentar, é algo que a gente tem escutado”, lamenta. Conforme Ribeiro, por conta do aumento ele pensa em desistir do ramo. “Na realidade eu tô querendo parar, como fornecedor tô quase parando. Hoje compramos cerca de 60 kg de carne por semana, o que dava cerca de R$ 1500, com o aumento vai para R$ 2 mil semanal. Então não dá para trabalhar com esse preço, infelizmente vou parar", afirma.