Rio de Contas: Incêndio volta a atingir vegetação após ser controlado; prefeito decreta situação de emergência

Foto: Reprodução l Corpo de Bombeiros

As chamas voltaram a atingir a região de Rio de Contas, na Chapada Diamantina, após ser controlado por brigadistas, na noite de terça-feira (5). As chamas já atingiram uma área equivalente a aproximadamente 1800 campos de futebol. De acordo com o Corpo de Bombeiros, os brigadistas perceberam que as chamas, que tinham sido controladas no início da noite de terça, tinham voltado a atingir a Serra das Almas por volta das 21h. Os brigadistas precisaram andar por cerca de três horas para chegar na área. O trabalho de combate às chamas durou até as 4h. A suspeita é de que as chamas tenham voltado por causa da alta temperatura registrada na região. Na quarta-feira (6), o município chegou a registrar 42° C e umidade de ar menor que 20%. O incêndio começou no dia 29 de outubro e já atingiu seis áreas florestais. Na Serra das Almas, existem nascentes importantes. Segundo os bombeiros, a área é de difícil acesso, o que dificulta o combate ao fogo. Os bombeiros e voluntários estão sendo levados ao terreno por helicóptero. Atualmente, 23 bombeiros atuam na região, com a colaboração de brigadistas de Seabra, Rio de Contas, Barra de Estiva e outras cidades. Em visita ao evento Agenda 2030 no município de Brumado, o prefeito de Rio de Contas, Cristiano Cardoso Azevedo (DEM), informou que o município decretou situação de emergência por conta do fogo. “A situação é catastrófica. O fogo tomou uma dimensão incontrolável. Temos apoio do Corpo de Bombeiros e da Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Vivemos uma situação de alerta”, afirmou. Azevedo relatou ainda que o município não tem condições financeiras de arcar com os custo de manutenção e logística. “Nosso município não condição de manter todos os custos por um período tão grande como está sendo. Faço um apelo a todos os municípios e a todos os pequenos produtores para que tenham cuidado, principalmente nesse período de estiagem. A fauna e a flora estão totalmente comprometidas, além das nascentes”, lamentou.