Brumado: Despesas com saúde pública chega aos 34% com vítimas do trânsito

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Acidentes de trânsito provocaram a morte de 35,3 mil pessoas, em 2017. É o que mostram os dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Os números são preocupantes, e um detalhe chama a atenção: a maior parte das vítimas fatais é do sexo masculino e jovens em idade produtiva, entre 20 a 39 anos. São milhares de mortes prematuras, ocorridas todos os anos, com forte impacto social, econômico, no setor saúde e para as famílias. Na abertura da Semana Nacional de Trânsito em Brumado, o secretário municipal de saúde, Cláudio Feres, declarou que os acidentes de trânsito estão diretamente relacionados com a saúde pública. “Hoje, no país, a despesa que o Sistema Único de Saúde (SUS) tem, todo ano, com os acidentes de trânsito passa de R$ 2 bilhões por ano, muitas vezes fatais”, declarou. 

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Segundo o secretário, as vítimas são encaminhadas para as emergências do país, gerando custos através de cirurgias ortopédicas e neurológicas, com necessidade, em alguns casos, de internação nas Unidades de Terapias Intensivas (UTIs). “São procedimentos caríssimos, chegando a uma média de R$ 72 mil por vítima de acidente de trânsito. Em Brumado, como a maior parte do serviço público de saúde é financiada pelos cofres municipais, boa parte desses R$ 72 mil médios gastos com pacientes vítimas de trânsito é financiada pelo Município”, destacou. Segundo o secretário, em 2018, o município investiu cerca de 34,25% de recursos próprios na saúde, mais do que o dobro do que seria a sua obrigação, bem como montou uma equipe de ortopedia, que realiza cirurgias de risco e eletivas, que se tornou referência na região. Ele também frisou que a maioria dos acidentes acontecem nos finais de semana, quando por velocidade acima do permitido, ou por uso de bebidas alcoólicas. "Vocês não tem ideia de quantas vítimas atendemos todos os finais de semana no hospital municipal, na sua maioria motociclistas que fraturam braço, perna ou até mesmo traumatismo craniano. Precisamos mudar essa realidade", afirmou Claudio.