Brumado: OAB, MP, CDL, Legislativo e sociedade civil organizada definem mudanças na Zona Azul

Foto: Divulgação

Na tarde da última quinta-feira (19), em uma última reunião realizada no gabinete do prefeito municipal, em Brumado, foi definido as mudanças exigidas pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), comissão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) -- Subseção Brumado --, representantes do Poder Legislativo, sociedade civil organizada e apoio do Ministério Público. Em um encontro que durou cerca de seis horas, foram debatidos alguns aspectos sobre o que podiam ou não serem alterados na Zona Azul, obedecendo alguns critérios no que se refere a Lei e o contrato assinado entre a empresa Zadar e prefeitura. Em entrevista ao 97NEWS, o superintendente de trânsito de Brumado, Castilho Viana relatou que a reunião, mesmo ela ultrapassando várias horas, foi muito produtiva, e todas as partes saíram satisfeitas com os resultados conquistados. "Isso vem se arrastando por vários dias, e é um processo natural porque envolve questões jurídicas e ordenamento financeiro. Mas enfim, saímos da reunião por volta de meia noite, e todos ficaram satisfeitos com o que foi debatido e aprovado por todos os participantes", esclareceu Viana. O superintendente também destacou que todos os pontos solicitados pela comissão foram atendidos, o que vai beneficiar não só o comercio em geral, como também toda população brumadense. "A partir de agora nós acreditamos que não só a prefeitura, bem como a empresa Zadar, CDL, Câmara de Vereadores e OAB, todos precisam unir forças para poder repassar para a comunidade brumadense esses aspectos que foram definidos", citou Castilho. Dentre os pontos discutidos, ficou definido algumas alterações na Zona Azul, à exemplo, tolerância de 15 minutos ao estacionar, mas obedecendo a regra de uma vaga por dia. "A partir do momento que o condutor estacionar o veículo, ele terá uma tolerância de 15 minutos, mas com uma exceção, essa tolerância será diária, ou seja, ele não poderá ficar mudando de vaga a cada 15 minutos, porque a placa dele será cadastrada no sistema", comentou o superintendente. 

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Outra mudança, será na quantidade de horas permitida na vaga, saindo de 2h para 4h. Além disso, as demarcações de carga e descarga serão ampliadas, atendendo uma demanda maior do comércio local. "Nós vamos encontrar uma maneira de flexibilizar esse trabalho de carga e descarga para não prejudicar o comércio local", disse ao 97NEWS. Por fim, foi definido também os pontos mais discutidos das reivindicações, que são: Os valores das tarifas e a quantidade de vagas no estacionamento rotativo de Brumado. Conforme o superintendente, cerca de 18% das vagas serão removidas. "Foi concordado que a empresa retire da área central, cerca de 18% das vagas, ou seja, elas não existirão mais, e principalmente na área residencial", afirmou Castilho. E não menos importante, mas que deixa muitos motoristas irritados, é a extinção da taxa de regularização, que segundo o superintendente da SMTT, não será mais cobrada pela empresa que gerencia a Zona Azul. "A partir do momento que mudar todo processo através de lei e decreto, não será mais cobrado essa taxa de R$ 20 ao condutor", disse. Já as tarifas cobradas no valor de R$ 2 para carros e R$ 0,60 para motos, sofreram reajustes, e serão reduzidas. "A tarifa que é de R$ 2 passará a ser R$ 1,80, e motos que eram de R$ 0,60, passará a ser R$ 0,50. Então são alterações de ordenamento considerável que envolve um certo impacto financeiro, mas mesmo assim a prefeitura e a empresa chegaram à um consenso", comenta. Uma novidade que não estava na pauta de reivindicações será a isenção da tarifa para os portadores de necessidades especiais, segundo Castilho, essa taxa não será cobrada desde que o portador obedeça os critérios exigidos. "É preciso que o condutor com necessidades especiais providencie alguns documentos e cadastros que são feitos na própria SMTT, e a partir dai, ele terá o direito de estacionar na vaga indicada", afirma. Conforme o superintendente, após esse passo dado na última reunião, parte do que foi definido precisará passar pela Câmara para ser aprovado e virar Lei, e a outra parte será definida através de Decreto.