Brumado: Comerciantes da Praça da Prefeitura relatam que estão perdendo clientes devido ao abuso de 'pedintes'

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Frequentemente, clientes de restaurantes e lanchonetes da Praça Coronel Zeca Leite (Praça da Prefeitura) são abordados por moradores de rua ou até mesmo pedintes dentro dos estabelecimentos comerciais. Muitas vezes, essa situação acaba constrangendo as pessoas e os proprietários ficam sem saber como agir. “Isso é muito frequente. Chega 12 horas e tenho fila de pessoas pedindo marmita aqui no restaurante. Eles chegam e vão sempre na direção do cliente, que ficam sem reação, constrangidos e não sabemos como agir. Muitas vezes eu até chamo a atenção, mas eles não respeitam”, diz uma proprietária de restaurante da praça. Em um açaí da praça, a abordagem aos clientes também é frequente. “Acontece muito e é bem complicada essa situação. Nós temos que ficar pedindo para eles se retirarem, alguns nos enfrentam, aumentam o tom de voz. E tem muitos clientes que reclamam porque eles vão direto nas pessoas, pedem dinheiro, pedem cigarro”, relata a funcionária do estabelecimento. 

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Recentemente a Secretaria Municipal de Assistência Social de Brumado, realizou um trabalho com moradores de rua e pessoas em situação de vulnerabilidade que viviam no estacionamento da antiga Cesta do Povo, mas de acordo com a Prefeitura, os moradores sempre voltam às ruas de Brumado. “Realizamos o serviço de abordagem social e fazemos a identificação dessas pessoas”, diz uma assistente social que não quis se identificar. Ele destaca que os moradores de rua também têm direito de entrar em estabelecimentos comerciais e fazer uso deles, no entanto, eles precisam observar algumas regras. “Não podemos impedir que eles fiquem na praça, por exemplo, e eles têm acesso a qualquer tipo de estabelecimento, podem entrar, mas não podem criar situações que constranjam os outros cidadãos que estão no local”. Nesses casos, ele recomenda que o proprietário do estabelecimento utilize o diálogo para intervir na situação. “O diálogo sempre é o melhor caminho, sem ultrapassar os direitos daquele morador ou moradora de rua”, afirma a assistente.