Ato contra cortes na educação mobiliza poucos estudantes em Brumado

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

O ato contra os cortes no orçamento das universidades e institutos federais pelo Ministério da Educação acabou não reunindo muitas pessoas em Brumado, na manhã desta quinta-feira (30). A manifestação aconteceu no fim da manhã em semáforos das Ruas Dr. Marcolino Moura e Dr. Mário Meira, centro da cidade. No ato, os manifestantes levaram cartazes e gritaram palavras de ordem contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). “Eu sou estudante e não abro mão de mais pesquisa e educação”, gritaram. Na manifestação, o representante da União dos Estudantes de Brumado, Vanberg Barros, 29 anos, destacou que mesmo com poucos alunos aderindo o movimento devido a direção das escolas não podendo liberar os alunos, mas os que poderam participar mostrou sua insatisfação com o que vem acontecendo na educação. "Esse ato é para que possamos conversar com a sociedade e tentar mostrar que a educação é o caminho, e não tirando o dinheiro da educação que vamos resolver o problema do país", disse Barros. O representante da UEB esclareceu ainda que mesmo os professores e sindicalistas não aderindo ao ato desta quinta-feira, em sala de aula ou até mesmo em atos públicos como este, os profissionais da educação declararam total apoio ao movimento legítimo dos estudantes. "Esse movimento é dos estudantes, mas em muitas cidades ao contrário de Brumado, aderiram ao movimento e servidores foram as ruas como nas cidades de Vitória da Conquista, Caetité e Guanambi paralisaram, então é sinônimo de que eles estão compartilhando o mesmo sentimento de defesa da educação", comentou Vanberg que ainda lembrou da próxima paralisação que acontecerá no dia 14 de junho. 

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Já a estudante Jéssica Bruna Lima, 19 anos, disse ao 97NEWS que o ato serve para chamar a atenção da sociedade de um modo geral, que pretendem no futuro ingressar em uma universidade estadual ou federal e não poder mais. "O governo está tratando a educação como uma despesa e não como investimento, e quando se corta investimentos na manutenção das instituições de ensino, no caso das universidades, dos IFS que vão parar de funcionar em setembro deste ano, eles não estão só afetando a manutenção em si, mas todo corpo docente daquela instituição que não vão ter como suprir as necessidades que a instituição tem para se manter funcionando", comentou. A estudante ainda chama a atenção da comunidade para conhecer de perto o que os cortes na educação pode representar para educação. "O ato de hoje também serve para abrir os olhos da população a título de conhecimento, pois muitos pais ainda não tem conhecimento do que a redução nos investimentos poderá cursar no futuro da nossa educação", diz Jéssica Bruna.

 

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