Manifestação contra cortes na educação leva dezenas de pessoas às ruas de Brumado

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Uma passeata contra cortes na educação pelo governo federal reuniu dezenas de manifestantes na manhã desta quarta-feira (15) em Brumado. Sindicalistas, estudantes e professores foram às ruas repudiar o bloqueio de recursos para a educação anunciado pelo Ministério da Educação (MEC). As instituições públicas participaram do ato que começou em frente ao estacionamento da antiga Cesta do Povo, no Mercado Municipal e seguiu pela Avenida Antônio Mourão Guimarães passou pela rua Coronel Tibério Meira e se concentrou na Praça Capitão Francisco de Souza Meira (Praça da Matriz). 

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A presidente da APLB, Vanuza Lobo, juntamente com os membros do sindicato reforçou a urgência de se intensificar as manifestações visando que o governo volte atrás dessa ação que é considerada como um duro golpe na educação de nível superior. "O governo promoveu o desmonte na educação quando ele tirou 38% dos recursos nas instituições de ensino. Quando o governo faz cortes na educação, ele tira a oportunidade da população brasileira, filhos das escolas e universidades públicas de terem a oportunidade de ingressarem nelas. Esse corte só foi na educação. Porquê isso?" Indagou a sindicalista que ainda completou que a população não pode aceitar essa medida do governo. "Estamos nas ruas dizendo que nós não aceitamos, porque a educação liberta, da poder e conhecimento para eu questionar os governantes do nosso país", acrescentou. 

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Segundo o Ministério da Educação, o que está ocorrendo não é um corte, mas sim um contingenciamento devido à falta de verbas, mas que, com a aprovação da reforma da previdência, a decisão será revista e as verbas deverão ser novamente liberadas em sua integralidade. Para a estudante de Letras da Universidade da Bahia (UNEB), Campus XX, Jéssica Santos, a luta serve para todas as instituições, seja ela federal ou estadual, e diante disso os alunos também não podem cruzar os braços, que segundo ela, serão os maiores prejudicados. "A gente ta perdendo bolsas, recursos para pesquisas que contribui e muito para o meio científico de nosso país, então é de suma importância que toda população participe e exija seu direito. Porque sem educação não formaremos um país de primeiro mundo", disse Santos. Conforme os manifestantes, os argumentos do Ministério da Educação não convencem, e segundo eles, o evento de hoje serve para mostrar que eles são totalmente contrários à nova gestão federal. 

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Já o estudante do Instituto Federal da Bahia (Ifba), Paulo Ricardo, essa é a vez dos estudantes mostrarem a sua voz, relembrando o tempo em que outros militantes de outras épocas, mas com a mesma idade em que hoje ele está, saiam as ruas para lutar pelos seus direitos. "Aqui nós não defendemos nenhuma bandeira partidária, aqui defendemos os nossos direitos, os direitos dos nossos educadores, se esse corte na educação permanecer, não teremos condições de ficar em sala de aula até o mês de setembro, como é o caso do Ifba. A direção da unidade em Brumado está fazendo o que pode para enxugar o orçamento, mas mesmo assim não terá condições de continuar", afirmou Ricardo.