Brumado: Sindicato diz que empresa contratada por prefeitura para privatizar os serviços de água e esgoto responde por fraudes em licitações

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Neste fim de semana o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia (Sindae), Erick Vinícius Félix Maia, soltou vários posts nas redes sociais relatando que a empresa mineira contratada pela prefeitura de Brumado para privatizar os serviços de água e esgoto, a Prefisan, responde por fraudes em licitações e diversas irregularidades. A polêmica da privatização do saneamento básico na Capital do Minério começou no fim de 2018, quando o prefeito Eduardo Vasconcelos, contratou a empresa Prefisan Ltda para realizar o plano municipal de saneamento e apresentar uma proposta de manifestação de interesse para entregar a iniciativa privada. Segundo o projeto, a nova empresa que assumir, poderá explorar pelos serviços em Brumado por trinta anos. Mas de acordo com o diretor, a empresa responde por diversas irregularidades no estado de Minas Gerais, inclusive na operação "Mar de Lama", movida pelo Ministério Público Federal (MPF) em 2017. Ainda segundo o sindicalista, a Prefisan é acusada ainda de assediar prefeitos no interior da Bahia. "No município de Caravelas e Prado por exemplo, as prefeituras defendiam o processo de licitação, alegando da mesma forma que o prefeito de Brumado, que várias empresas poderiam se habilitar e ofertar uma melhor proposta de tarifa e investimentos. Lá como em Brumado, foi a Prefisan que tinha feito o plano. Conclusão, apenas uma empresa apareceu para disputar. Sabe quem? A Prefisan, através de uma empresa chamada Sociene, que é sócia da Prefisan", disse na postagem Erick Maia. Que ainda completou dizendo no qual o processo de licitação do saneamento em Brumado não passa de um projeto obscuro. Em outro post, Erick Maia diz que a privatização do esgoto no Brasil, é um conto do vigário. De acordo com ele, as empresas privadas nunca entregam o que prometem, além disso, as tarifas sofrem reajustes de até 80% só no primeiro ano de concessão. "Com a privatização, além dos custos dos serviços que atualmente você paga, será embutido o lucro do empresário, e todos os postos de serviços que eles prometem sairão do seu bolso", relatou. No vídeo, o diretor diz ainda que com o fim do contrato com a Embasa, a prefeitura terá que indeniza-la imediatamente em R$ 40 milhões, que segundo Erick, o dinheiro sairá dos cofres público. "Será uma judicialização sem fim, onde a população será a maior prejudicada", afirmou o diretor do Sindae.