Brumado: Subtenente do TG 06-024 alerta que após processo de convocação, jovens não podem mais pedir desligamento

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Deixar de trabalhar ou até de frequentar a universidade por conta da rotina no quartel. Essa é a situação que alguns jovens temem ao alistarem no Exército Brasileiro, sobretudo aqueles que tem os planos interrompidos para atender ao chamado do Exército, uma exigência prevista na Constituição Federal, que determina a obrigatoriedade do serviço militar. Enquanto que para muitos, o Exército representa o começo da vida adulta, outros preferem esquecer e deixar a farda num canto do quarto. Em entrevista ao 97NEWS, o subtenente do Tiro de Guerra 06-024 de Brumado, Edmundo de Souza Rocha, esclareceu que muitos jovens deixam para última hora o pedido de dispensa, devido a vaga de emprego ou até mesmo uma faculdade em outra cidade. Mas que após o processo de alistamento, esse pedido acaba sendo negado, por conta de todo processo que já foi realizado. "Passado todo esse período de preparação, quando chega a fase final, que é a fase de seleção complementar, o jovem comparece ao TG, para que ele tome conhecimento de que vai ser convocado ao serviço militar a partir daquela data", relata o subtenente. 

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Rocha ainda chama a atenção para os jovens que foram convocados e não comparecem a unidade militar para servir. "Se esse jovem for convocado de fato, e não comparecer, ele vai ser enquadrado no crime de insubmissão, que está previsto no art. 183 do código penal. E nós temos que cumprir a Lei", comenta. Mas o chefe da unidade militar de Brumado relata que cada caso tem que ser avaliado separadamente. "Pode se haver a condição do cidadão de ser desligado do TG, desde que ele já tenha sido matriculado, ele poderá pedir o desligamento, mas com a documentação devidamente comprovada. A exemplo, a declaração do dono da empresa e CNPJ". A partir dai, o subTenente destaca que o Tiro de Guerra vai preparar o exame médico e inspeção de saúde, e ai o processo dele vai ser encaminhado ao comando da 6ª Região Militar para publicação dos seus boletins regionais. Após a publicação, nós também realizamos uma divulgação interna, e o jovem tem que comparecer para ter ciência dos fatos", relata. Conforme Edmundo, cerca de 400 jovens passam pela unidade durante todo o ano, e desse montante, após um longo processo, apenas 50 são convocados , que segundo o sub, isso requer muito trabalho. "Nós realizamos uma preparação com mais de oito meses de antecedência, são instrutores, médicos, uma equipe inteira empenhada nesse trabalho. Então fica difícil desligar aquele jovem no processo final", disse ao 97NEWS.