‘O melhor caminho é o diálogo, mas o governador até o momento não entendeu isso’, afirma presidente do Sindicato dos Delegados da Bahia

Presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado da Bahia, Fábio Lordelo (Foto: Reprodução Youtube)

A crise que vem se estabeleceu entre o governador Rui Costa e a categoria dos delegados de polícia do estado da Bahia vem se intensificando, já que os discursos caminham para um enfrentamento ideológico, que pode ter uma resposta mais aguda, pois os indícios são de que todos os coordenadores e delegados titulares deverão mesmo deixar os seus postos de trabalho em retaliação ao que foi definido pelo delegado Fábio Lordelo, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado da Bahia, como “um presente de grego em plena época natalina”. Subindo o tom ele destacou que “a nossa indignação é patente contra essa reforma administrativa que o governador está promovendo, pois ela causará a médio e longo prazo ganhos significativos para o governo e perdas enormes para a nossa categoria que já está há 4 anos sem receber aumento”. Ele ainda argumentou que “temos sido fiéis em nossas contribuições, pagando o imposto de renda, em suma, mais de 40% dos nossos vencimentos ficam com o governo do estado e, agora, de forma acachapante o governador vem e nos coloca goela abaixo um teto que nos trará prejuízos financeiros a partir de janeiro. Acredito ser um desrespeito à nossa categoria, por isso vamos manter pé firme em nosso protesto. O nosso objetivo é o diálogo, que não está existindo, pois tudo tem sido conduzido de forma unilateral, então, a melhor forma para chegarmos à uma solução é a construção de uma via alternativa”. E concluiu enfatizando que “não se trata de uma greve e nem de uma paralisação e sim um ato simbólico para demonstrar a insatisfação da categoria”.