Fim da reeleição e união do pleito pode fazer com que mandatos de prefeitos e vereadores sejam prolongados até 2022

A reforma política no Brasil pode ter novos capítulos, sendo que o fim da reeleição é cada vez mais provável (Foto: Divulgação)

Diz o antigo ditado que “política é como nuvem”, ou seja, que a cada dia está de um jeito, só que agora, com o resultado das urnas deste primeiro turno, que mostrou uma nova postura dos eleitores brasileiros, essa nuvem estaria ainda mais susceptível a mudanças, sendo que, uma das mais prováveis seria a continuidade da reforma política, que já trouxe novidades, como a redução do tempo de propaganda, a proibição de carros de som e o “confinamento” dos candidatos ao ambiente das redes sociais, que está sendo o grande diferencial dos pleitos anteriores. A nível da Câmara Federal a renovação foi de cerca de 50%, um número expressivo que pode fazer com que as mudanças sejam ainda mais substanciais, pois existiria a possibilidade de que o projeto volte à pauta, e, desta feita, pontos como a reeleição e a junção do pleito, ou seja,  - as eleições serem realizadas de forma simultânea no âmbito municipal, estadual e federal, gerando assim uma grande economia aos cofres públicos -, possam ser aprovadas como o “último suspiro de vingança” dos que não conseguiram a recondução dos seus mandatos. Existem correntes que apostam “todas as fichas” nessa possibilidade, mas, o mais provável é que o novo congresso, caso se confirmem as previsões das pesquisas eleitorais, que apontam uma possível vitória do candidato Jair Bolsonaro (PSL), venha a dar materialidade a essas mudanças, que comprovariam que a consolidação democrática está avançando no país, já que a reeleição se mostrou muito nefasta, criando políticos profissionais, que se preocupam muito mais com o subjetivo do que com o coletivo, além, principalmente, de azeitar a máquina da corrupção, já que o sistema fica vicioso e facilmente corrompível. Caso isso venha a ocorrer, o mandato de cinco anos sem reeleição se mostra mais encaixado na nova moldura democrática, pois propiciaria a renovação de mandatários e a oxigenação das estruturas governativas. Agora, é cada vez mais vigorosa a possibilidade de que, para ajustar os “ponteiros do relógio” da política nacional, os atuais mandatos de prefeitos e vereadores podem se estendidos até 2022, ou seja, eles teriam mais dois anos em seus cargos, sem direito à reeleição é claro. É esperar para ver, mas isso hoje não é mais visto como utópico, pois além da grande economia, faria com que as eleições realmente fossem gerais, inclusive num turno só, pois ficou evidente que apesar de que os brasileiros continuam mais torcedores do que eleitores, a mentalidade do eleitorado não tolera mais os abusos do poder, com políticos se perpetuando em seus cargos, tanto que o resultado das urnas comprovou já isso, com uma grande renovação na câmara e no senado. Confira as principais mudanças propostas nesse momento no gráfico abaixo: 

(Divulgação)