Brumado: Pipeiros fazem protesto; abastecimento na zona rural pode entrar em colapso

Os pipeiros afirmam que a situação se agravou muito e o abastecimento para a população rural está muito comprometido devido à falhas na distribuição da Embasa (Foto: Luciano Santos | 97NEWS)

Com o agravamento da estiagem, o abastecimento no meio rural de Brumado, que já estava deficitário, agora, corre um sério risco de entrar em colapso. Isso é corroborado pela grande dificuldade que os pipeiros estão tendo para carregar os caminhões na estação de tratamento da Embasa, que fica no anel viário da BR-030. A crise da falta do precioso líquido, que já tinha se agravado muito devido ao fato de à proibição da distribuição não ser mais diretamente nas residências e sim em caixas coletivas, agora, pode realmente provocar uma onda de desespero nos cerca de 20 mil habitantes que moram na zona rural. A equipe de reportagem do 97NEWS esteve na manhã de hoje na referida estação da Embasa e comprovou o alto grau de insatisfação dos pipeiros. Segundo o porta-voz da categoria, o motorista brumadense Marcos Caíres Lima (37), a situação piorou muito nas duas últimas semanas. Questionado sobre os motivos dessa afirmação ele respondeu que “estamos praticamente 2 semanas sem poder carregar, as comunidades rurais estão ficando desesperadas e as cobranças vêm aumentando muito, tanto que hoje mesmo eu recebi inúmeras ligações de famílias que dizem que estão com os reservatórios no limite” e emendou explicando que “os motivos dessa nova crise é que a Embasa trocou funcionários experientes por novatos que acabaram provocando uma falha no sistema, causando um grande desperdício”. E finalizou destacando que “para não deixar a população da cidade sem água, os pipeiros foram os primeiros a serem cortados, só que eles se esquecem que na zona rural moram milhares de famílias que também são seres humanos e não podem ficar sem água. Espero que esse problema se resolva o quanto antes, já que existem crianças e idosos que já estão sofrendo muito com o racionamento forçado”.

A dificuldade para abastecer os caminhões é o motivo da indignação (Foto: Luciano Santos | 97NEWS)