Conselho de Malala: ‘Nunca desistir’

MALALA YOUSAFZAI. FOTO CHRISTINA RUFATTO/ESTADÃO

Ativistas e jovens militantes do setor de educação formaram a maior parte da plateia no debate do qual Malala Yousafzai foi a principal estrela, ontem, no Auditório do Ibirapuera. Ele veio a convite do Itaú. Malala – que a cada ano escolhe um país para passar seu aniversário e se apresentar – abriu o evento falando sobre a importância da educação e do papel das jovens mulheres no Brasil e no mundo. Depois, dividiu seu discurso com outras ativistas como Tia Dag, da Casa do Zezinho, a escritora Conceição Evaristo, a criadora do Mapa da Educação Tabata Amaral e Ana Lúcia Vilela, do Instituto Alana – que representou o banco do qual é acionista. A mediação ficou por conta da jornalista Adriana Carranca, autora de Malala – a Menina Que Queria Ir para a Escola.  Cada uma das convidadas a se sentar no palco, citadas acima, se posicionou e fez pergunta a Malala. A todas elas a paquistanesa recomendou sistematicamente “nunca desistir” ou “seguir seu sonho”. O dela, sabe-se, foi insistir em estudar – e por isso levou um tiro no rosto, aos 14 anos. O episódio mudou sua vida integralmente. A mais jovem prêmio Nobel da Paz – recebeu-o em 2014 – tem permanentemente uma equipe de segurança. Durante seu rasante por SP, ela esteve acompanhada em ação conjunta da PF e da Scotland Yard, de Londres. Os organizadores tentaram ao máximo não divulgar seus passos, mas a coluna apurou que Malala dará um giro pelo Brasil, começando por Salvador. No domingo à noite, aliás, foi jantar no restaurante Olea, na rua Joaquim Antunes. Com direito a pedidos de fotos. A ideia inicial era montar o evento com o auditório aberto para… o parque. No entanto, em função de sua segurança, os representantes da paquistanesa acharam mais seguro não topar. Estima-se que o Itaú doou à fundação de Malala mais de U$500 mil pela sua passagem pelo Brasil.