Brumado: Após 18 meses, ‘Caso Kauã’ continua sem solução

A morte do menino Emerson Kauã chocou a comunidade brumadense (Foto: Luciano Santos | 97NEWS)

Alguns crimes se tornam emblemáticos como é o caso da morte da vereadora Marielle Franco, que foi executada há 3 meses atrás e até agora, apesar de todos os esforços da Polícia Civil do Rio de Janeiro, os autores ainda não foram identificados. O Brasil vive um novo episódio que está causando uma comoção nacional que é o desaparecimento da adolescente Vitória Gabrielly, que saiu de sua casa, no município de Araçariguama/SP, para patinar e não retornou mais. Equipes com auxílio de cães farejadores continuam a procurar a estudante que já tem 6 dias desaparecida. Trazendo para o âmbito local, Brumado assistiu às vésperas do Natal de 2016 um crime que pode ser considerado o pior de sua história, já que a vítima, o menino Emerson Kauã, de apenas 10 anos de idade, foi morto, torturado, teve partes do corpo carbonizado, sendo lançado no Morro do Cruzeiro, que fica no Bairro Cidade das Esmeraldas. Já irão se passar 18 meses do ocorrido, e, até o momento, nenhum suspeito foi preso ou teve o nome oficialmente divulgado pela Polícia Civil, que investiga o caso em sigilo. Nesse período, Gilmar de Oliveira Souza (32), pai do garoto, contou ao 97NEWS que as informações sobre o crime chegaram a ele apenas pela imprensa e que o silêncio das autoridades causa uma grande angustia. “A gente quer o sigilo, mas a gente exige que a resposta nos seja dada”, disse o pai de Kauã que ainda relatou que “se os órgãos não derem respostas à sociedade, vão dar carta branca para os mandantes e para as pessoas que cometeram essa barbaridade”. 

 

A Polícia encontrou o corpo no Morro do Cruzeiro (Foto: 97NEWS)

O ex delegado titular da DPT de Brumado, Dr. Leonardo Soares, em março de 2017 falou sobre o caso, e confirmou que o episódio é o pior crime da história de Brumado. Em entrevista ao 97NEWS, ele explicou que “realmente é um caso envolto em muitos mistérios, mas é uma questão de honra para a nossa equipe desvendá-lo”. Ele também ressaltou que “já ouvimos várias pessoas para buscar informações que possam levar a solucionar o crime, mas a maior dificuldade ainda continua sendo a falta de provas, pois não foram obtidas as imagens de câmeras de monitoramento, além de que os relatos das testemunhas são muito vagos“. Diante disso, a Coordenadoria da 20ª Coorpin de Brumado ainda está diante de um caso altamente misterioso, mas a população de Brumado espera que esse mistério seja esclarecido e os autores do crime possam ser devidamente punidos pela Justiça.

A população cobra a solução do crime até hoje (Foto: Luciano Santos | 97NEWS)