O CMEAS e a Conscientização em Foco!

Joilson Bergher, professor de História e Filosofia, com ênfase em Ética, na Rede Municipal de Ensino -Brumado (Foto: Arquivo Particular)

O mundo se deu conta em 1992, de forma concreta que a humanidade e sua relação com o planeta não poderia se dá mais apenas numa relação de exploração eminentemente capitalista. 26 anos depois da realização daquela que ficou conhecida como Rio-92, Eco-92 ou Cúpula da Terra —, que aconteceu 20 anos depois da primeira conferência do tipo em Estocolmo, Suécia, os países reconheceram o conceito de desenvolvimento sustentável e começaram a moldar ações com o objetivo de proteger o meio ambiente. Desde então, estão sendo discutidas propostas para que o progresso se dê em harmonia com a natureza, garantindo a qualidade de vida tanto para a geração atual quanto para as futuras no planeta. Na Rio-92, ficou acordado, então, que os países em desenvolvimento deveriam receber apoio financeiro e tecnológico para alcançarem outro modelo de desenvolvimento que seja sustentável, inclusive com a redução dos padrões de consumo — especialmente de combustíveis fósseis (petróleo e carvão mineral). Com essa decisão, a união possível entre meio ambiente e desenvolvimento avançou, superando os conflitos registrados nas reuniões anteriores patrocinadas pela ONU, como na Conferência de Estocolmo.

 

Atualizando esse diálogo, estamos no ano de 2018, d.C., com ele, novas demandas, a partir de uma definição conceitual do que seja Meio Ambiente, a nosso ver - um conjunto de unidades ecológicas que funcionam como um sistema natural, e incluem toda a vegetação, animais, micro-organismos, solo, rochas, atmosfera e fenômenos naturais que podem ocorrer em seus limites. Neste particular, seguindo o que preconiza os parâmetros curriculares no Brasil, nesse momento de solapamento de direitos dos trabalhadores, incluindo-se os professores brasileiros, o Colégio Agamenon Santana, o CMEAS, em Brumado, em coletivo, com a sua Gestão Administrativa, seus professores, seus alunos, seus técnicos administrativos e demais trabalhadores daquela unidade de educação, de mão dadas vem contribuindo de forma decisiva para melhorar o conhecimento em diversas áreas, em Brumado, se lançou no diálogo coletivo e ações voltadas para o Meio Ambiente ao realizar mais um projeto de porte social e participativo, dessa vez com o mote, - “Consciência Ambiental em Foco”, onde em debate estava a possibilidade de o homem como Ser fundante ser a grande possibilidade de melhora do  ambiente ainda habitável. Importante frisar a importância que, em Brumado, se faz urgente ações de saneamento ambiental, relacionadas ao abastecimento de água, ao tratamento e destinação de resíduos sólidos (lixo) e à macrodrenagem urbana, sendo inclusive uma demanda intensa em toda essa região, conhecida no Brasil de região semi-árida nordestina onde fundamentalmente, é caracterizada pela ocorrência do bioma da caatinga, que constitui o sertão.


Foi importante orientar os alunos do Cmeas no sentido de, primeiro construir, facilitar, abstrair da possibilidade de conscientização do fazer-ambiental para além do apenas “jogue o lixo no lixo”, aliada a conscientização ficou claro que no tópico agua, por exemplo, em Brumado e região vive-se, um quadro de penúria hídrica, tendo no Rio do Antônio, na pior das hipóteses, uma ação inconsequente, ou seja, a sua destruição. Aliás, segundo o Blog do Modera, acessado em 10 de Junho, 2018, é dito que, -“Vivemos na região fisiográfica do semi-árido brasileiro, onde predominam os períodos de estiagem e os cursos d’água são em sua maioria temporários. A partir desta realidade, refletimos que é uma incoerência muito grande degradar o Rio do Antônio, o qual é útil ao abastecimento humano, às atividades econômicas, à dessedentação animal e à irrigação.


Portanto, no coletivo o Cmeas está devidamente integrado as discussões que rola no Planeta acerca da solidariedade no entorno do planeta, tendo no espaço que cerca o Cmeas a possibilidade de um re-começo coletivo. Com ações que irão além do não jogar uma simples embalagem de doces no chão, mas sim a felicidade de numa manhã, a tarde, ou a noite encontrarmos não mais todas as mudas arrancadas e jogadas no canteiro central da rua, ou alguém que não “deu a cara” no mutirão porque não estava nem um pouco feliz com a ideia do jardim. A lição aprendida desses dias tem que ser objetiva, propositiva, provocativa também. Apesar de morarmos e trabalharmos no bairro, não tínhamos feito a lição de casa direito, ou seja, na ânsia de fazer o jardim florir não demos prioridade ao envolvimento de toda a comunidade no projeto. O melhor é virar a página e começar de novo? Mas reconhecendo o senso de pertencimento da comunidade e pela iniciativa continuada do projeto “Conscientização em Foco”, é possível transformar a Escola e a vizinhança em eco-bairros...

 

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