Aracatu: Moradores do meio rural apontam falhas no 'Luz Para Todos'; Coelba sinaliza que projeto pode ter sido desviado

A professora Noélia Meira classifica a situação como lamentável (Foto: Ilustrativa)

Promover o acesso à eletricidade e acabar com a exclusão elétrica em todo o país foram o mote do Programa "Luz para Todos", o qual foi criado em 2003 e serviu como uma redenção às famílias em vulnerabilidade social, especialmente no meio rural, já que oportunizou o acesso a uma qualidade de vida muito melhor. Só que os moradores das comunidades de Fazenda Lagoa das Caraíbas (Riachão) e fazenda Poço da Onça, localizada na zona rural de Aracatu, não estão nada satisfeitos com o programa e cobram da Coelba explicações sobre a execução do mesmo. Segundo relato da professora, Noélia Meira, de 33 anos, sua tia procurou a empresa e eles alegaram que o projeto nas duas localidades foi executados. “Minha tia procurou o escritório da Coelba na cidade de Aracatu e o funcionário explicou que no sistema constava que nas duas localidades a luz tinha sido instalada. O que me deixou estarrecida”, explicou. Ainda indagando, a professora comunicou que isso não era verdade, já que seus tios moram lá ha 16 anos, e isso nunca aconteceu. "O funcionário relatou aos meus tios que, o que podia estar acontecendo era que o projeto pode ter sido desviado para outra localidade, mesmo depois de terem iniciado o processo de instalação, deixando alguns moradores sem energia elétrica", comentou. A professora questionou ainda sobre o porquê de alguns moradores receberem a energia por meio do “Luz Para Todos” em sua residência e a dos seus tios, não receberam. "O que está acontecendo com o Luz Para Todos é um jogo de interesse? Está parecendo que é!", questionou a professora. Ela ainda lamenta que em pleno século 21, comunidades com cerca de 50 casas, apenas cerca de 5 moradias ficarem sem a energia elétrica. "Todos nós temos direito de assistir uma TV, ouvir um rádio ou ter uma geladeira, sou educadora e ensino para os meus alunos o país que temos que formar para um futuro melhor, e, de forma paradoxal, me deparo com uma situação como esta para os meus tios e vizinhos. Isso realmente é muito lamentável", disse a professora Noélia Meira.