Rui não vê enfraquecimento de Lula em nova pesquisa

(Foto: Luciano Santos | 97NEWS)

O governador Rui Costa (PT) avaliou que as intenções de votos para o ex-presidente Lula, na pesquisa Datafolha divulgada no último domingo, não enfraqueceram o petista. Ele comentou os números durante a assinatura do termo de compromisso do programa Partiu Estágio. Lula aparece com 31% das intenções de votos no cenário mais favorável entre noves pesquisados. No final de janeiro, quando a pesquisa anterior foi concluída, Lula tinha até 37% das preferências. "Acho que ele não caiu. O próprio jornal no texto diz que não é possível comparar essa pesquisa com a outra, porque nesta [pesquisa] ele colocou mais nomes [na disputa] do que na outra. Nomes, inclusive, de vários campos tanto do setor mais conservador quanto mais a esquerda. Não é possível comparar duas pesquisas quando se oferece quantidades diferentes de candidatos. Fica claro, em minha opinião, que não é a força do presidente Lula, mas a força de um Brasil que quer construir um Brasil de oportunidades para todos os brasileiros ", declarou. Questionado sobre as conversas para a definição da chapa majoritária, o governador reiterou que “não tem pressa”.  "A decisão não vai ser açodada. Espero que possamos, ao longo da semana, ir dando passos para a definição. Não só da majoritária, como das chapas proporcionais", declarou, acrescentando que respeitará a decisão do vice-governador João Leão (PP). O pepista ainda não anunciou se permanece no posto ou se disputará o Senado: "Vou repetir, prioritariamente, será feito o que for do desejo de João Leão. Acho que conta até mais que o desejo do PP e o meu. É meritório que ele tenha prioridade na definição", acrescentou.

Em entrevista à Rádio Metrópole ontem, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffman, também comentou a pesquisa. “Os jornais ontem tentaram em manchete dizer que Lula tinha caído nas intenções de voto, mas ele mantém vantagem sobre os demais candidatos, mostrando que a população o quer como presidente da República. Seria um erro político o PT não ter Lula como candidato, ele é o único viável entre todos. Na pesquisa Datafolha, na Ipsos e na que vamos publicar na terça-feira, há uma divisão", analisou. "O país está dividido sobre essa opinião da culpa do Lula. Uma maioria dizendo que o presidente é culpado porque ele sofreu um processo de desconstrução politica pela mídia nacional e de acusação", completou. O deputado federal Afonso Florence (PT) minimizou os resultados da pesquisa e afirmou que o ex-presidente Lula ainda está forte. "O presidente Lula cresceu na pesquisa e continua a ser o líder em todos os cenários. A oposição não tem candidato forte e está perdida. O ataque político ao presidente Lula, que hoje é preso político, não surgiu efeito. O eleitorado considera que o presidente Lula é perseguido. Isso é muito expressivo. Mesmo a parcela da população que é contra Lula, acha que a condenação é perseguição".O parlamentar também comentou o desempenho do ex-governador Jaques Wagner (PT) no Datafolha, que aparece com apenas 1% das intenções de voto em um dos cenários. "O ex-ministro está fora da mídia nacional há algum tempo. O índice de conhecimento dele [por parte da população] não é muito grande. Ele não tem muita rejeição. É uma avaliação positiva, mas nós sabemos que ele é pré-candidato ao Senado. Mas, de qualquer forma, ele é uma força política nacional". 

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