Sem Lula: Qualquer nome indicado pelo PT deve ir para o 2º turno, avalia analista

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Quando o escândalo do Mensalão inviabilizou a candidatura à presidência da República de figuras da proa do PT como Antonio Palocci, José Dirceu e José Genoino, em 2010, o apoio do até então presidente Luiz Inácio Lula da Silva elegeu Dilma Rousseff, que não tinha expressão política que a gabaritasse como candidata de primeira escolha. Provavelmente fora da jogada após sua prisão decretada pela Justiça, Lula pode, assim como 2010, novamente decidir a eleição por meio de apoio. É o que acredita o historiador político Carlos Zacarias, que defende a ideia que o candidato escolhido pelo ex-presidente em 2018 pode ter um rumo já conhecido pelos brasileiros. “Importada do PDT e sem tradição nenhuma dentro do partido, Dilma dificilmente seria presidente. Lula elegeu sua candidata e, provavelmente fora da disputa deste ano, tem a capacidade de indicar alguém que pode vir a fazer o papel que Dilma fez em 2010”. Para o professor da Universidade Federal da Bahia, qualquer nome adotado pelo ex-presidente pode herdar boa parte dos votos do PT. Ainda de acordo com Zacarias, a figura do ex-presidente deve ganhar força após a prisão decretada nesta quinta-feira (5). “A experiência de interrupção do PT em 2016 salvaguardou a imagem de Lula para a posteridade”, falou. Caso escolha não apoiar uma das candidaturas de grupos aliados, o PT pode viabilizar a disputa de nomes como Fernando Haddad, Celso Amorim e Jaques Wagner, acredita o estudioso.