Malhada de Pedras: Justiça Federal dá continuidade à ‘Operação Vigilante’; foi dado início à penhora de bens dos envolvidos no esquema

A equipe da Justiça Federal realizando a entrega da documentação da penhora de bens na residência de um dos envolvidos (Foto: 97NEWS)

Comandada pelo Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal a “Operação Vigilante” iniciou uma série de investigações contra uma forte suspeita de um esquema de desvio de recursos federais destinados ao transporte escolar que estaria acontecendo em alguns municípios baianos. A operação teve o seu “start” em novembro de 2016 e a cidade de Malhada de Pedras foi um dos alvos, onde uma força tarefa cumpriu mandados de prisão preventiva, de prisão temporária, oito conduções coercitivas, três medidas cautelares e 15 mandados de busca e apreensão no dia 25 do referido mês. Conforme a CGU, investigações apontam que as pessoas que o esquema de fraudes em licitação teria vários operadores, os quais direcionavam a contratação de empresas vinculadas a gestores municipais. Além disso, o órgão destacou a existência de superfaturamento por meio da adulteração de quilometragem de linhas percorridas e cobrança pela prestação de serviço de transporte, em dias sem atividade escolar. Em alguns casos ficou constatado que a quilometragem cobrada era mais do que o dobro da distância real percorrida. Passados cerca de um ano e meio deste episódio, a operação continua em andamento, tanto que na noite desta quinta-feira (15), uma equipe da Justiça Federal esteve novamente no município de Malhada de Pedras para realizar o processo de penhora de bens dos envolvidos, que, ou seja, de desapropriações de imóveis. Um oficial de justiça, acompanhado de agentes federais, foi a várias residências realizar o procedimento, o que criou novamente um clima forte suspense na cidade. Ainda segundo informações uma nova operação federal estaria para ser desencadeada no município vizinho de Rio do Antônio, já que várias representações e denúncias de supostos desvios de verbas públicas foram protocoladas na PF e no Ministério Público Federal.