Após dias internado na UTI de Brumado, cantor e compositor lapense, Zeca Bahia, morre aos 67 anos de idade

O cantor Zeca Bahia era muito querido e respeitado em toda a região (Foto: Reprodução)

O cantor, compositor e músico Lapense  José Ramos Santos, o Zeca Bahia, morreu na noite  desta terça-feira (6), na cidade de Brumado. Aos 67 anos, o cantor morreu de falência múltiplas dos órgãos. Zeca foi encaminhado no dia 25 de janeiro para o Hospital Municipal Carmela Dutra, em Bom Jesus da Lapa com um histórico de parada cardíaca, precisando ser reanimado pela equipe da Unidade de Pronto Atendimento(UPA). Conforme o Dr. Marcos Melo, que conversou com o site Notícias da Lapa um dia depois do internamento de Zeca, o quadro dele era gravíssimo, apresentando insuficiência renal aguda, respirando através dos aparelhos e precisava ser encaminhado para uma UTI. No dia 29 de janeiro a prefeitura de Bom Jesus da Lapa conseguiu a vaga em uma UTI especializada na cidade de Brumado, onde ele passou por uma série de exames, no entanto, durante os boletins médicos apresentados durante todo período de internação ele não apresentou melhoras significativas. José Ramos Santos (Zeca Bahia) nasceu em 19 de março de 1950, na Praça do Livro, em Bom Jesus da Lapa. Compositor e cantor, autor de músicas de grande sucesso como Porto Solidão, interpretada pelo cantor Jessé e Ave Coração, interpretação de Fagner. A sua partida deixa a cidade de Bom Jesus da Lapa em luto,  perde um dos seus maiores artistas, conhecido em todo Brasil pelas suas belas composições. Em 1979, com a canção “Ave Coração” (Zeca Bahia e Clodo Ferreira) foi consagrada na voz de Raimundo Fagner e gravada no LP “Beleza”, um dos títulos da vasta discografia de Fagner. Com versão em espanhol por Ferreira Gullar, “Ave Corazon” foi lançada por Fagner na Espanha. Em 1980, no Festival MPB Shell da Rede Globo, “Porto Solidão” (Zeca Bahia e Ginko) ganhou o prêmio de melhor intérprete na voz do inesquecível Jessé, que imortalizou a obra. Escolhida pela imprensa nacional entre as cem mais belas canções do século, vendeu na época mais de 3 milhões de cópias. Foi gravada também por Altemar Dutra, Daniel e teve mais de cem regravações, em 43 países. Segundo pesquisas, a música imortal “Porto Solidão” foi ouvida e cantada por milhões de pessoas, permanecendo com ótima aceitação até os dias atuais.