‘A população tem que se conscientizar que o hospital é para urgência e emergência’, afirma secretário municipal de Saúde de Brumado

O secretário municipal de Saúde, Claudio Feres foi firme ao defender o uso consciente do HMPMN (Foto: Luciano Santos | 97NEWS)

Com uma nova onda de virose de verão que atingiu a população de Brumado, o Hospital Magalhães Neto voltou a ficar muito movimentado, especialmente no período noturno. Com isso o atendimento ficou deficitário e isso provocou várias críticas circularam nas redes sociais protestando, principalmente, contra a falta de médicos. Diante disso, o secretário municipal de Saúde, farmacêutico Claudio Feres, voltou a reforçar uma tese por ele defendida de que a população tem que buscar primeiro o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde, que têm justamente esse objetivo de atender casos que não sejam urgentes. Questionado pelo 97NEWS ele foi taxativo ao afirmar que “o hospital é para urgência e emergência. A população tem que tomar consciência disso” e ainda argumentou que “existe uma cultura local que todos os casos, até os mais simples, têm que ser levados para o hospital, mas isso precisa ser desmistificado, pois não é dessa forma que a saúde funciona, já que ao procurar o hospital, a pessoa somente recebe naquele momento um atendimento imediato, que funciona como um paliativo, enquanto que ao buscar a unidade de saúde, a pessoa será atendida por um clínico geral, que se necessário for vai direcioná-la para um especialista, assim, este paciente será acompanhado, e o médico terá todo o histórico dele". Sobre a grande procura ao hospital no período noturno ele ressaltou que “as pessoas devem buscar com mais frequência o atendimento nas unidades básicas com o objetivo de cuidar-se, fazer exames e consultas preventivas e não deixar os problemas se agravarem. Ao agir assim, todos ganham, pois, quando chegar ao hospital uma pessoa com um quadro realmente urgente, com risco de morte, os profissionais conseguirão prestar-lhe um atendimento mais rápido e eficiente, o que muitas vezes não acontece hoje devido à superlotação do hospital por pessoas que não estão em situação e emergência”. Mesmo diante dos esclarecimentos novas reclamações chegaram à nossa redação, dizendo que nas unidades de saúde a falta de médicos é uma constante. Buscamos novamente contato com o secretário que afirmou que “isso não procede, pois sempre existem médicos em nossas UBSs”. 

A movimentação no HMPMN voltou a aumentar consideravelmente nos últimos dias (Foto: Carlos Silva | 97NEWS)